Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Segunda - 10 de Abril de 2006 às 10:15

    Imprimir


O aparecimento do "Bicudo do Algodoeiro" em Nova Mutum está preocupando o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso - INDEA. Nesta quarta-feira, às 14:00h, no auditório do Sindicato Rural, será feita uma reunião com produtores de algodão e outros envolvidos na cadeia produtiva.

O objetivo é evitar a propagação da praga. Atualmente, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum são consideradas área infestadas com o inseto. Mas Diamantino, próximo a Nova Mutum, ainda é considerada área livre e algumas medidas devem ser tomadas para evitar que a praga se alastre. Na ocasião será realizado um debate para direcionar ações que serão desenvolvidas no controle da praga.

A praga se alastrou no ano passado por lavouras de algodão de vários municípios e o Indea (Instituto Nacional de Defesa Agropecuária) de Lucas do Rio Verde informou que apenas dois municípios da regional estão fora da área infestada: São José do Rio Claro e Nova Maringá.

"Uma questão que nos preocupa é o caroço de algodão, que é utilizado como ração para gado. O caroço é um vetor de infestação do bicudo", explicou o supervisor regional, Jeferson Cambará. Nos municípios do Nortão, que estão em área infestada, o controle da praga fica agora por conta dos produtores. É necessário um maior comprometimento do algodoeiro para monitorar sua propriedade, fazer a aplicação intensificada do inseticida e a destruição das soqueiras.

Bicudo:

Os adultos são pequenos besouros com cerca de 4 - 9mm de comprimento, de coloração castanha e aparelho bucal mastigador em forma de tromba. Os ovos são colocados nos botões florais, que após atacados abrem as brácteas e caem ao solo onde as larvas empupam e finalmente, transformam-se em adultos. O ciclo do inseto é completado em 20 dias, sendo possível o surgimento de 5 a 8 gerações de bicudo por safra agrícola. As observações efetuadas no semi-árido tem comprovado que as maiores populações ocorrem nos meses mais frios (maio a julho) havendo uma redução drástica das populações nos meses mais secos e quentes (setembro a janeiro).

Como estratégia de convivência com esta praga tem-se optado pela distribuição de cultivares que florescem, frutificam e atingem a fase de maçãs duras (pouco preferida pelo bicudo) até meados de maio, com realização das colheitas nos meses de junho e julho. A não realização de quaisquer práticas culturais, que resultem em atraso no ciclo fenológico da cultura exporá as plantas a altas populações de bicudo nos meses de maio e junho, resultando em aumento do número de pulverizações, informa a Embrapa.

Ao final do ciclo os adultos do bicudo se refugiam em áreas de vegetação nativa e capineiras existentes próximas das áreas cultivadas. Após o início do novo período chuvoso, o ataque da praga se inicia pelas bordaduras da cultura, devendo o seu combate ser iniciado neste local.





Fonte: Só Notícias

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/306913/visualizar/