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Economia
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 13:43
Por: Jaime Neto

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O governador Blairo Maggi disse nesta quarta-feira (05) durante solenidade de entrega do novo helicóptero à Polícia Militar realizada na Praça das Bandeiras em Cuiabá que Mato Grosso não fará uma negociação separada com o governo da Bolívia em relação ao gás natural que é importado daquele país.

O novo presidente da Bolívia, Evo Morales, que assumiu o país com o discurso nacionalista, pretende estatizar as reservas de gás e petróleo e promover mudanças no contrato com a Petrobras. O governo brasileiro vem intermediando as negociações já que o país vizinho almeja uma alta nos preços do produto.

Na primeira quinzena de março, o governador Blairo Maggi esteve na Bolívia e manteve audiência com o ministro de Energia e Hidrocarbonetos, Andrés Solíz Rada. Na ocasião, Mato Grosso propôs um contrato direto, sem intermediários, com a indústria de gás boliviana, a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e demonstrou interesse em dobrar a quantidade de gás exportada ao estado passando dos 250 mil metros cúbicos/dia para 500 mil metros cúbicos/dia. As propostas ainda estão em estudo.

Maggi alertou, porém, que se o governo boliviano elevar o preço do gás dos atuais 3,26 dólares por milhão de BTU para 8 ou 10 dólares, “conforme eles pensam que vale e me disseram lá acho que terão que fechar as torneiras para o Brasil”. Mais de 50 por cento do gás que o Brasil consome vem da Bolívia, e uma alta nos preços teria impacto nos custos internos.

Mesmo assim, o governador procurou amenizar os reflexos em Mato Grosso. Segundo ele, o gás serve para abastecer a termoelétrica instalada em Cuiabá que tem um contrato longo com o fornecedor boliviano. “O máximo que pode acontecer é ter que desligar a termoelétrica e isso faz falta para Mato Grosso? Não, não faz porque o estado é exportador de energia”, observou Maggi ponderando em seguida que não é o desejo de seu governo que isso ocorra.

Uma alta excessiva no preço do gás atingiria em cheio também o processo de consolidação no estado da distribuição do gás natural veicular (GNV). Dados da MT Gás apontam que em Cuiabá já circulam com este combustível cerca de 700 veículos.





Fonte: Do MidiaNews

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