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Economia
Terça - 04 de Abril de 2006 às 15:28
Por: Rosi Medeiros

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O presidente do Conselho Administrativo da Brasil Ferrovias, Guilherme Lacerda, e o presidente da empresa, Elias Nigri, se comprometeram a, num prazo de 15 dias, dar uma resposta ao Governo de Mato Grosso e ao Fórum Estadual Pró-rodovia sobre o cronograma do estudo técnico do traçado e o requerido estudo de licenciamento ambiental dos trilhos da Ferronorte no trecho do distrito de Mineirinhos, em Rondonópolis, até a Capital. A posição foi tomada durante reunião realizada nesta terça-feira (04.04), no Salão Nobre do Palácio Paiaguás.

“Nesta semana encaminho para o Conselho da Brasil Ferrovias, da qual sou presidente, a proposta para que as despesas referentes a este estudo de impacto ambiental e do traçado sejam priorizados pela Ferronorte”, afirmou o presidente do Conselho Administrativo da Brasil Ferrovias, Guilherme Lacerda. A empresa Brasil Ferrovias é a responsável pela operação da Ferronorte (Ferrovias Norte/Brasil). “Vou formalizar e me posicionar favorável à solução do estudo”, afirmou.

Guilherme Lacerda informou que a empresa está negociando sua venda da empresa, mas disse que buscará formas de que neste contrato esteja garantida a extensão dos trilhos da Ferronorte de Alto Taquari até Cuiabá. “Este é meu compromisso, defender isso, se nós vendermos a empresa que este compromisso seja assumido por quem vai dirigir a empresa”, afirmou.

O compromisso dos diretores da empresa foi tomado após cobrança do governador Blairo Maggi, de que a Ferronorte estabeleça como prioridade a realização do estudo técnico do traçado e o requerimento à Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) para execução do estudo de impacto ambiental (EIA/RIMA), do traçado do distrito de Mineirinhos, em Rondonópolis até Cuiabá, passando por Santo Antônio do Leverger. Até agora o EIA/RIMA já aprovado é do tracado de Alto Araguaia até Rondonópolis. “A Brasil Ferrovias tem que assumir este compromisso com Mato Grosso, até porque o Estado tem dado incentivos fiscais para a empresa. Portanto, como governador primeiro eu vou pedir, depois eu vou exigir“, afirmou Maggi.

O governador também afirmou que não é necessário que o estudo de impacto ambiental seja pago pela socieade civil organizada, como propôs o Fórum Estadua Pró-Ferrovia, que está realizando uma campanha para arrecadar R$ 2 milhões para custear o estudo. A posição do fórum foi tomada com base na situação de dificuldade financeira da empresa. “Até pelos incentivos fiscais, Mato Grosso tem como cobrar isto da Ferronorte, de uma posição clara do assunto. Se têm incentivos fiscais, R$ 2 milhões é muito dinheiro em todo lugar do mundo, mas para este projeto é pouco", disse o governador.

“O problema é de decisão política, de levar adiante o assunto aqui requerido pela sociedade mato-grossense e sociedade cuiabana“, afirmou. “Vamos assumir o compromisso de colocar qual o prazo, o início dos estudos técnicos e quando vai dar entrada no licenciamento ambiental“, cobrou. O governador destacou que o Estado precisa de diversos modais de transporte funcionando para o desenvovimento da região. “Quanto mais estradas, mais rodovias, mais hidrovias, melhor será para a economia do Estado de Mato Grosso. Ninguém pode ter monopólio de absolutamente nada“, disse. "Estes diferentes modais de transporte serão complementares e competitivos entre si. Quem tiver o menor preço levará vantagem, afirmou.

O presidente do Fórum Estadual Pró-Ferrovia, vereador Francisco Vuolo, avaliou como positivo o resultado da reunião marcada pelo Governo do Estado. "O governador hoje, de uma forma muito forte, primeiro pediu e, se caso a Ferronorte não atender a sua solicitação, irá exigir prioridade para a realização dos estudos. Acho importante este eixo estrutural e sem ter traçado definido não temos como brigar que os trilhos saiam de Alto Araguaia", disse.





Fonte: Secom-MT

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