Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Sexta - 10 de Março de 2006 às 06:28

    Imprimir


Representantes do comércio e da indústria mato-grossense consideram o corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros da economia muito tímido. O consultor econômico da Fiemt, Carlos Vitor Timo, avalia que a redução deveria ser mais agressiva, atingindo pelo menos 1 ponto percentual, para criar um ambiente de negócio favorável para a economia. A tendência, porém, é de continuidade na queda da taxa, conforme opina. O presidente da Fecomércio, Pedro Nadaf, concorda com a avaliação e destaca que o ideal seria que os juros tivessem chegado a 16% ao ano. "Isso traria maior impulso de consumo".

Nadaf frisa que a taxa ainda está elevada, principalmente dentro do sistema financeiro. Ele lembra que como a Selic é apenas uma referência aos juros do mercado existem bancos que cobram taxas até 5 vezes mais elevadas. Nos financiamentos a diferença chega a ser 7 vezes superior aos juros básicos estabelecidos pelo Copom. Isso significa que chegam a cerca de 115% ao ano. O corte é visto porém, como uma flexibilização da política monetária do governo federal, que demonstra estar mais sensibilizado com o desempenho do mercado.

Timo acredita que até o fim do ano a Selic deverá cair pelo menos mais 3 pontos percentuais, chegando a 13,5% ao ano. Se a previsão se concretizar haverá um ambiente favorável para o crescimento da economia. O corte vai significar uma taxa real de juros (descontada a inflação) de 9% ao ano. "Para se criar um ambiente favorável aos negócios os juros reais devem ser inferiores a 10%".

A redução da Selic vai provocar o aquecimento da economia, conforme previsão do presidente da CDL, Roberto Carvalho, mas não será suficiente para provocar a revisão na previsão de crescimento de 4% nas vendas este ano em relação a 2005.





Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/313801/visualizar/