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Economia
Quinta - 02 de Março de 2006 às 16:30

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Ontem, o preço do litro do álcool nas bombas do Estado de São Paulo encostou na marca de R$ 2, superando a estimativa feita no início da semana pela Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) , segundo a qual as distribuidoras repassariam aos postos o aumento médio de R$ 0,17 por litro. A variação chegou a até R$ 0,20 e, com isso, proprietários de carros bicombustíveis estão começando a optar pela gasolina.

Segundo especialistas, como o consumo do álcool é maior que o da gasolina, a opção pelo derivado da cana-de-açúcar só vale a pena se o preço do litro não exceder 70% do valor cobrado pelo combustível extraído do petróleo, como está ocorrendo.

A elevação no preço do álcool, segundo os produtores e distrivuidores, é decorrente da redução de 25% para 20% na taxa do anidro na gasolina que passou a valer a partir de ontem, justamente na expectativa de conter a alta do combustível. Apesar do acordo feito em janeiro entre governo e usineiros, que fixava o teto de R$ 1,05 nas usinas, o álcool tem disparado desde então, em meio a ameaças de desabastecimento dos produtores.

Ontem, ao lançar a safra antecipada de canade-açúcar 2006/07 no Paraná, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, sinalizou ao jornal que a flutuação dos preços está pondo em risco o projeto de fazer do Brasil um fornecedor mundial de álcool.

Segundo o ministro, o mercado internacional deve questionar: "Será que esse pessoal vai produzir álcool para a gente mesmo, ou será que vão fazer açúcar se o preço subir? Estamos mostrando para o mundo que é possível produzir antecipadamente, ainda que com sacrifício financeiro, para atender a compromissos firmados com a sociedade brasileira", afirmou o ministro.





Fonte: Invertia

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