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Internacional
Domingo - 26 de Fevereiro de 2006 às 12:30

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Um grupo de agentes dos serviços de inteligência britânicos, o MI5, vazou documentos secretos ao jornal dominical The Sunday Times que evidenciam erros na luta antiterrorista por parte das autoridades. Os agentes desejam uma investigação pública sobre esses erros, que, segundo eles, facilitaram os ataques terroristas de julho passado contra a rede de transportes de Londres.

Além disso, acusam o Governo de haver ocultado do público informações sobre o que sabiam os serviços de segurança a respeito dos suspeitos de terrorismo antes das duas séries de atentados.

Os documentos entregues ao jornal dominical incluem a admissão por parte de John Scarlett, chefe do serviço de inteligência exterior, o MI6, de que um dos suspeitos dos atentados frustrados de 21 de julho tinha sido observado durante uma viagem ao Paquistão.

Até agora não se sabia que algum dos suspeitos dessa segunda série de atentados, que deixou vítimas, ao contrário dos ataques de 7 de julho, fosse conhecido dos serviços de inteligência.

Segundo The Sunday Times, os documentos indicam que o MI5, que é responsável pela segurança nacional, permitiu que um dos suspeitos dos ataques de 21 de julho viajasse ao Paquistão após ter sido detido e interrogado em um aeroporto britânico. Já no Paquistão, foi seguido por agentes do MI6, que se ocupa de reunir informações no exterior.

Em seu retorno ao Reino Unido, o MI5 observou o suspeito durante algum tempo, mas depois o deixou em paz porque as autoridades paquistanesas consideravam que não estava fazendo "nada significativo no contexto terrorista".

O MI5 decidiu, além disso, suspender a vigilância a que tinha submetido dois dos futuros terroristas suicidas de 7 de julho, Mohammad Sidique Khan e Shehzad Tanweer, 16 meses antes dos mortíferos atentados, de acordo com o jornal.

Ambos tinham sido filmados e submetidos a escutas durante um encontro com outros dois indivíduos que supostamente conspiravam para realizar um ataque terrorista na Inglaterra.

Segundo um memorando do MI5, acreditava-se que o objetivo de Khan era a realização de um delito de tipo financeiro em vez de atividades terroristas. O responsável de Interior da oposição conservadora, David Davis, disse à imprensa que "estas informações vazadas mostram a necessidade de uma investigação independente".




Fonte: EFE

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