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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sábado - 25 de Fevereiro de 2006 às 07:33

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A pesquisa, publicada pela revista Proceedings of the National Academy of Sciences, usou uma técnica que combina o uso de um marcador químico e uma sofisticada tecnologia de exame.

Os pesquisadores esperam que a nova técnica permita diagnosticar a doença antes mesmo que os sintomas comecem a aparecer.

Já se sabia que o Mal de Alzheimer provoca a morte de células no centro de memória do cérebro, o hipocampo, levando a estrutura a se degenerar progressivamente.

Serotonina

Os pesquisadores se concentraram em medir a densidade de um tipo específico de receptor que responde à substância química serotonina.

Esses receptores são normalmente encontrados em uma densidade particularmente alta nas células do hipocampo que são mais vulneráveis aos efeitos do Mal de Alzheimer.

Os pesquisadores registraram uma queda na densidade do receptor no hipocampo – e em outros importantes centros de memória – em 49% dos pacientes com Alzheimer.

Mas eles também verificaram uma queda semelhante em 24% dos pacientes com sintomas leves de função cerebral prejudicada, que poderiam estar nos estágios iniciais de desenvolvimento da doença.

“Esperamos que este novo método nos leve a uma melhor compreensão sobre o Mal de Alzheimer, assim como a uma nova estratégia para seu diagnóstico”, disse o pesquisador Jorge Barrio.

“Um hipocampo em processo de encolhimento é um sinal típico do Mal de Alzheimer, e esse novo marcador nos dará uma estratégia útil para a detecção precoce e um tratamento mais eficiente”, disse seu colega Gary Small.

Evolução importante

Harriet Millward, da organização Alzheimer's Research Trust, disse que uma maneira de identificar a doença antes que a pessoa desenvolva sinais clínicos seria uma evolução importante.

Porém ela disse que a pesquisa ainda não provou que a perda de receptores para serotonina seria necessariamente um sinal de que as células do cérebro estariam morrendo. Ela disse que é possível que haja outras razões.

“Ainda há muito trabalho a ser feito antes de que esse método promissor possa ser utilizado em larga escala, mas esses resultados poderiam ajudar os cientistas a entender melhor como a doença evolui e a desenvolver novos métodos de diagnóstico”, disse.

“Quando quisermos testar novos tratamentos no futuro, essas técnicas de exames poderiam também ajudar a avaliar se qualquer nova droga está tendo algum efeito.”

A Alzheimer’s Research Trust está investigando outras formas de usar exames sofisticados para acelerar o diagnóstico da doença.





Fonte: BBBC Brasil

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