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Nacional
Sábado - 25 de Fevereiro de 2006 às 06:57

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O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) proibiu o coordenador José Rainha Jr. de falar em nome da direção do movimento e de liderar qualquer ação com a participação de acampados ou assentados ligados à organização.

Principal líder dos sem-terra no Pontal do Paranapanema (oeste de São Paulo), o maior foco do conflito agrário no Estado, Rainha é acusado pela direção de "não cumprir determinações, normas e princípios do MST".

Rainha disse que não comentaria a decisão. "Tenho o princípio ético, e creio que todos os militantes deveriam ter também de discutirmos internamente as nossas questões". Ele afirmou ao jornal Folha de S.Paulo que não recebeu comunicação da direção sobre a punição.

"As atitudes de Rainha causaram alguns problemas e transtornos ao movimento", disse Delveck Matheus, da coordenação nacional do movimento. Ele não detalhou a razão da punição. "O Rainha andou fazendo algumas negociações individuais e isoladas, o que contraria as normas do MST".

Causas De acordo com o jornal, foram três os principais motivos para a punição. Um deles foi o abraço de Rainha no presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita ao assentamento Lulão, em setembro passado, na Bahia, em meio a uma série de invasões de prédios públicos pelo País em protesto contra o governo. E o MST condenou a criação de uma federação de assentados da região, organizada por Rainha sem a autorização das lideranças estaduais.

O último motivo foi Rainha ter organizado invasões em "momentos impróprios", na avaliação da direção. Em janeiro, o grupo ligado a Rainha promoveu em apenas um dia oito invasões em fazendas do Pontal.





Fonte: Terra

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