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Economia
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 21:55
Por: José Antonio Pedriali

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Londrina - Os frigoríficos do Paraná acumulam um prejuízo de R$ 300 milhões desde o surgimento do primeiro foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul, em 10 de outubro. A informação é do economista do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne), Gustavo Fanaya.

Os seis novos focos no Paraná, anunciados segunda-feira pelo Ministério da Agricultura, não alterarão o quadro, segundo ele, já que as exportações de carne do estado - assim como do MS e São Paulo - estão bloqueadas por 58 países.

A maior parte do prejuízo paranaense - R$ 197 milhões - deve-se à perda das exportações. Outros R$ 100 milhões referem-se ao que o estado deixou de comercializar com Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O trânsito de animais e produtos de origem animal originários do Paraná está proibido em SC, que é livre da aftosa sem vacinação, o que impede a chegada desses produtos ao mercado gaúcho.

Comércio com o Chile O Chile, que admitiu a possibilidade de retomar as importações de carne brasileira após o anúncio de um foco de aftosa no norte da Argentina, ainda não se manifestou sobre os novos focos no Paraná. Os chilenos consomem cerca de 10% da carne bovina exportada pelo Brasil e condicionaram a retomada nas importações à garantia de que os focos da aftosa estão controlados. A documentação enviada pelo Ministério da Agricultura chegou àquele país dia 16.

O secretário de Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti, disse que o estado tem pressa em sacrificar o rebanho que o Ministério da Agricultura indicou estar com aftosa - cerca de 6,3 mil animais -, mas isso dependerá das ações judiciais que os proprietários eventualmente possam mover. O Centro Universitário de Maringá, cuja fazenda experimental é apontada como um dos focos da doença, anunciou que recorrerá da decisão do ministério.





Fonte: Agência Estado

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