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Polícia Brasil
Terça - 21 de Fevereiro de 2006 às 15:03

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O delegado Regional de Juara, Joaz Gonçalves da Silva, disse hoje ao RMT Online que executores profissionais podem estar envolvidos no assassinato de Vagner Alves Trindade. O crime aconteceu no último domingo (19), no centro da cidade. No tiroteio, mais três pessoas ficaram feridas. O delegado afirmou que no local dos disparos foram encontradas 16 cápsulas de pistolas deflagradas. Entre elas, 13 eram de pistola calibre ponto 40 - arma de uso exclusivo da polícia -.

Segundo informações, que já estão no inquérito policial, dois homens bem vestidos chegaram à lanchonete onde estavam as vítimas, sacaram as armas e fizeram os disparos, fugindo em seguida sem deixar pistas. Até o momento a polícia não conseguiu identifícar nenhum dos assassinos.

O delegado Joaz Gonçalves disse não ter dúvidas de que foi uma execução, porém segue duas linhas de investigação: a primeira é a possível ligação entre a execução e uma briga entre as vítimas e um oficial da Polícia Militar da região, uma semana antes, em uma praça da cidade. A outra possibilidade é uma relação entre a execução de Vagner Alves e outros crimes dos quais o cunhado dele, Adailton de Abreu Freitas, conhecido como corinthiano, é acusado.

Adailton é ex-presidiário, acusado de homicídio e está em liberdade condicional. No momento dos disparos na lanchonete, ele não estava na mesa das vítimas. Uma das suspeitas é de que Adailton seria o alvo dos pistoleiros, mas os tiros acabaram atingindo Vagner, que estava em Juara há dois meses.

A Polícia Civil descarta qualquer ligação entre este incidente e um suposto grupo de extermínio na região, que está sendo investigado desde 2005.

Contexto

Segundo o delegado Joaz Gonçalves da Silva, uma semana antes de ser executado, Vagner Alves Trindade, o cunhado Adailton de Abreu Freitas e outros amigos se envolveram em uma briga e foram dominados por um polícial militar em Juara. Antes da viatura chegar ao local da confusão, Adailton deu um soco no rosto do policial e tentou tomar-lhe a pistola. O tenente reagiu e disparou um tiro que atingiu Adailton no abdômem, porém sem gravidade. O delegado instaurou inquérito para apurar o caso e Adailton foi acusado de crime de resistência.

Além de Vagner, que levou vários tiros e morreu na hora, Ademar Borges Pessoa, Evair Borborema da Rocha e Lurdes Machado de Carvalho também foram atingidos mas não correm risco de morrer. Ademar Borges Pessoa é o único que ainda continua internado. O caso está sendo investigado pela polícia civil da cidade.

Outro lado

O Rmt Online ouviu também o tenente Waldir Félix Júnior, que prendeu o grupo no dia da briga. Ele é comandante adjunto da PM em Juara e confirmou o incidente ocorrido quando interveio em uma confusão no centro da cidade e prendeu Adailton e vários amigos dele, uma semana antes da execução de Vagner. Porém, o tenente nega qualquer envolvimento com o crime ocorrido no último final de semana.

O oficial afirma que está em Juara há 5 meses, e desde o dia que efetuou a prisão do grupo, não teve qualquer contato com nenhum deles. O comandante adjunto da PM disse que não tem conhecimento dessa linha de investigação da Polícia Civil e rechaça qualquer possibilidade de ligá-lo ao tiroteio que ocorreu domingo em Juara.





Fonte: RMT Online

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