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Economia
Sexta - 17 de Fevereiro de 2006 às 08:01

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O Governo do Estado está realizando estudos para abertura de capital da Companhia Mato-Grossense de Gás (MT Gás). Os estudos técnicos já tiveram início, conforme afirma o diretor-presidente da estatal, José Carlos Pagot. A intenção do Governo é de abrir a distribuição do produto em Mato Grosso, ampliando ainda mais os recursos investidos no setor.

“Com um orçamento limitado para aplicar em áreas prioritárias como Educação, Saúde, Segurança, o Governo está buscando outras formas de ampliar o aporte de recursos na MT Gás”, afirmou José Carlos.

Para tanto, encontros técnicos de avaliação estão sendo mantidos entre a empresa estatal mato-grossense e empresas do setor que atuam no transporte, comercialização e armazenamento de gás em todo o território nacional, como a GasPetro, subsidiária da Petrobras, e também a Shell,

Nesta semana, por exemplo, técnicos da diretoria de Novos Negócios da GasPetro visitaram as instalações do City Gate da MT Gás, no Distrito Industrial.

“A troca de informações para modelagem do processo de privatização está sendo feita há um longo período com a GasPetro, com idéias e critérios técnicos que são avaliados continuadamente pelos dois lados. A empresa Shell também nos demonstrou interesse, uma vez que detém o controle de uma usina no estado”, informou o presidente da MT Gás.

Uma consultoria para avaliação da empresa no mercado será realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), somando-se ao parecer jurídico da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que definirá o modelo de privatização a ser promovido. A escolha da FGV para realizar os estudos técnicos de mercado se justifica, segundo Pagot, pela credibilidade e experiência apresentados pela instituição.

Após a conclusão dos estudos jurídicos e mercadológicos, explica Pagot, que irá definir o modelo de abertura do Capital, que pode ser pela negociação direta ou realização de concorrência pública, o parecer final, com a idéia de privatização já formatada, será levado ao governador Blairo Maggi. Ele definirá a elaboração do projeto de lei a ser encaminhado à Assembléia Legislativa.

Mesmo com a privatização, a participação efetiva do Governo na administração da MT Gás continuará majoritária, ou seja, o Estado deterá 50% do controle acionário da empresa, cabendo a ele a presidência.

“Nosso esforço vem sendo buscado há mais de um ano, com a realização de um trabalho estritamente técnico e objetivo, sem cunho político, visando ao interesse público. Tanto é que a possibilidade da vinda de uma empresa de fertilizantes para a Capital pode ser creditada a esse longo trabalho que estamos mantendo, com os contatos estabelecidos pelo Governo do Estado, o que deixa Mato Grosso em uma situação bastante confortável nesse aspecto”, observa José Carlos Pagot.

O diretor-presidente da MT Gás destaca ainda que a abertura do capital possibilita outros avanços na prestação de serviços, visto que as empresas que mantêm interesse, além da larga experiência no mercado energético industrial, também atuam no setor comercial destinado ao pequeno consumidor.

Empresa

Criada em 2003, a MT Gás é uma empresa de economia mista, com participação majoritária do Estado, regida pelas leis das Sociedades Anônimas e de Concessões.

Com a entrada em funcionamento do City Gate - estação receptora, compressora e distribuidora de gás - em setembro de 2005, Mato Grosso iniciou uma nova fase para consolidar o processo de distribuição do gás natural veicular (GNV), disponibilizando combustível alternativo e de baixo custo para os proprietários de veículos automotores.

A intenção do Governo ao propor a abertura do capital da empresa é tornar a fonte de energia produzida pelo gás natural mais uma alternativa para a indústria, comércio e serviços.

Em Cuiabá, quatro postos de combustível já operam coma distribuição do GNV e duas oficinas estão credenciadas para realizar conversão dos veículos para o gás.

Gasoduto

O gás natural chega a Mato Grosso por meio de uma obra de 642 quilômetros de extensão, que inicia na cidade boliviana de San Miguel, chegando a San Mathias, ainda em território boliviano, até cruzar a fronteira com o Brasil, passando pelos municípios de Cáceres, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Várzea Grande e Cuiabá, onde está instalada a usina termoelétrica, na Rodovia dos Imigrantes, KM-3,5.

A capacidade de transporte atual do gasoduto é de 2,8 milhões de metros cúbicos/dia de gás, com capacidade futura de 7,5 milhões de metros cúbicos/dia. A GasOcidente, empresa da Shell, que opera a Usina Termelétrica Governador Márcio Covas, tem um contrato de 2,2 milhões de metros cúbicos/dia.





Fonte: Secom - MT

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