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Saúde
Sexta - 17 de Fevereiro de 2006 às 06:10

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A Secretaria de Estado de Saúde (Ses) está em constante vigilância em relação ao agravamento da malária em todo o estado. No município de Paranaíta, observou-se uma redução de 96% de casos nas duas primeiras semanas de fevereiro se comparado aos números de janeiro deste ano.

No mês passado, foram 117 casos confirmados e, no mês de fevereiro até agora, 12 casos. “O Estado desencadeou em Paranaíta uma ação emergencial no sentido de controlar a doença, medida que já deu resultado. A ação teve início no dia 27 de janeiro, quando foram deslocados 15 profissionais capacitados no controle da malária”, disse Siriana Maria da Silva, coordenadora do Programa Estadual de Controle da Malária.

Segundo Siriana, os trabalhos da equipe foram de busca ativa, investigação de casos, tratamento supervisionado, exame de lâmina para verificação de cura, inquérito entomológico (identificação de criadouros, captura e identificação do vetor), trabalho de borrifação localizados, drenagem mecânica de pontos com água represada. “Estes trabalhos foram desenvolvidos com apoio técnico da Secretaria Municipal de Paranaíta, que se mostrou empenhada em amenizar o problema”, disse Siriana.

Já na região Noroeste do Estado, a Secretaria de Estado de Saúde desencadeou força-tarefa, em março de 2005, no sentido de diminuir o número de casos da doença na região, que correspondeu a 70% dos casos registrados em todo o Estado, ficando o município de Colniza responsável por 50%. “Em janeiro de 2005, Colniza apresentou 278 casos. Já em janeiro deste ano, confirmou 159 casos, o que configura uma redução de 58% no número de casos”, informou.

Em todo Mato Grosso, houve uma redução de 48% do número de casos de malária confirmados, se comparado aos meses de janeiro e fevereiro do ano passado. No mesmo período, em 2005, foram registrados 927 casos. De janeiro a fevereiro de 2006, são 539 casos.

A coordenadora Siriana explicou que o que aconteceu em Paranaíta, no mês de janeiro deste ano, foi devido ao intenso fluxo migratório entre Mato Grosso e Pará, com a abertura de uma frente de trabalho no município paraense de Castelo dos Sonhos. O Pará ocupou o segundo lugar no ranking nacional de casos registrados em 2005, com 116.711. Já Mato Grosso é o oitavo em número de ocorrências, com 9.756 casos.

Dos Estados brasileiros situados na Amazônia Legal, o Amazonas foi o primeiro do ranking, registrando 215.746 casos e, Rondônia, o terceiro, com 117.117 casos. “Se compararmos estes números Mato Grosso está em vias de deixar de ser considerado Estado prioritário para o controle da doença junto ao Ministério da Saúde, pois, estamos seguindo todos os passos necessários para sanar a disseminação desta doença, intensificando as ações e monitorando os municípios”, disse.

O tratamento da doença é gratuito e feito pela rede do SUS, que fornece remédios e exames laboratoriais.




Fonte: Secom - MT

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