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Saúde
Sexta - 10 de Fevereiro de 2006 às 17:05

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Peritos do Instituto Médico Legal (IML) colherão, na tarde de hoje, amostra de sangue de filhos do juiz Leopoldino Marques do Amaral para fazer o exame de DNA com o corpo enterrado há seis anos no cemitério de Poconé. A Justiça determinou a exumação do cadáver após a escrevente Beatriz Árias declarar, no início da semana, que o magistrado está vivo.

O corpo será exumado amanhã pelo IML. O exame de DNA será feito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), que tem convênio com o Governo do Estado. Além da exumação, será feita uma perícia no túmulo para saber se houve violação. Peritos do Instituto de Criminalística de Cuiabá analisarão a alvenaria e o concreto da sepultura e também o caixão.

Quem determinou a realização da perícia no local foi o delegado Luciano Inácio, que comandará os trabalhos no cemitério de Poconé. Hoje, em entrevista à reportagem da TVCA, o procurador da República, Pedro Taques, afirmou que o corpo do juiz pode ter sido trocado para beneficiar os acusados de envolvimento no homicídio, entre eles, Josino Guimarães, apontado como o mandante do crime.

"O que me parece é que ai está tendo uma verdadeira armação. E eu digo isso com a maior tranqülidade. Porque é fácil. Eu não tenho certeza se aquele corpo se lá está ainda é do Leopoldino. Não podemos ter esta certeza. Ai será feita uma exumação daquele cádaver, que eu não sei mais se é do Leopoldino e de repente chega-se a conlcusão que não é o Leopoldino que lá mais esteja", ressaltou Taques.

O caso

O corpo que seria do juiz Leopoldino do Amaral foi encontrado com dois tiros na cabeça e parcialmente carbonizado no dia 5 de setembro de 1999, na cidade de Concepción no Paraguai. Na época a família fez o reconhecimento do corpo.

Dois anos depois, a escrevente do Tribunal de Justiça foi condenada pelo tribunal do juri há 12 anos de prisão por co-autoria no assassinato. Marcos Peralta, tio de Beatriz, foi apontado como o autor dos tiros que mataram o juiz. Ele foi preso no Paraguai, mas morreu antes de ser extraditado para o Brasil.

O empresário Josino Guimarães não foi julgado até hoje. Meses antes de ser assassinado, o juiz Leopoldino havia denunciado desembargadores de Mato Grosso de estarem vendendo sentenças. Josino seria o intermediário da venda de decisões.

Leopoldino Amaral foi acusado de desviar dinheiro da Vara de Família e Sucessões de Cuiabá, da qual era titular, e teria fugido para o Paraguai para não ser preso. (EB)





Fonte: RMT Online

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