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Economia
Segunda - 06 de Fevereiro de 2006 às 14:19

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As receitas brasileiras com exportação de carne suína no primeiro mês de 2006 atingiram US$ 66,6 milhões, com 36.305 toneladas embarcadas. Segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), os números mantiveram-se praticamente estáveis na comparação com igual período de 2005. Houve um ligeiro recuo de 2,7% na receita e de 3,3% em termos de toneladas enviadas ao exterior.

O preço médio da tonelada no mercado internacional, no entanto, continua cotado em um valor satisfatório, ressalta a entidade. Fechou janeiro em US$ 1.834 por tonelada, com alta de 0,63% em relação a janeiro de 2005. O presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, acredita que este patamar deverá se manter ao longo deste ano.

De acordo com ele, o resultado registrado em janeiro é explicado principalmente por causa do embargo às carnes brasileiras decretado no final do ano passado por países como Argentina e África do Sul. Atualmente, o Brasil é o quarto no ranking mundial de produtores e exportadores de carne suína.

"Felizmente o comércio com a Argentina já foi regularizado. Mas é importante que os embargos sejam revistos nos demais mercados. A situação exige uma ação energética do Ministério da Agricultura", afirmou Carmargo.

A Rússia continua sendo o principal mercado consumidor da carne suína brasileira. O país respondeu por 64% do volume total comercializado no mês passado. Foram 23.270 toneladas, resultando em um faturamento de US$ 45,8 milhões. As receitas com exportações cresceram 17,76%. O embarque de carne suína para a Rússia também teve um aumento de 16,62% na comparação entre janeiro de 2005 e o de 2006.

Apesar do embargo decretado pelo país em dezembro do ano passado, o aumento se justifica porque a Rússia deu às empresas brasileiras autorização para que enviassem a produção relativa até o dia 12 de dezembro.

"As indústrias ainda estavam estocadas por conta da greve dos fiscais federais em novembro. E, por isso, conseguiram exportar a produção acumulada até antes desta data", afirmou Camargo.

Segundo o presidente da Abipecs, a previsão é de que o comércio com a Rússia seja regularizado até o final deste mês, após negociações e acordos realizados entre os governos brasileiro e russo.





Fonte: RMT Online

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