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Economia
Quarta - 01 de Fevereiro de 2006 às 14:40
Por: Adriana Chiarini

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A Funcex reafirmou no boletim suas previsões para este ano de que as exportações devem ficar em US$ 129 bilhões, as importações em US$ 86,9 bilhões e o saldo em US$ 42,2 bilhões.

Rio de Janeiro - O aumento dos preços das commodities (mercadoria em estado bruto ou produto primário com grande importância comercial) e dos produtos industrializados teve impacto forte no total das exportações em 2005. Isso porque mais de R$ 12 bilhões do total de exportações feitas no ano passado deram-se não por aumento nas vendas, mas sim pelo aumento nos preços dos produtos vendidos. Esta constatação é da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) em seu Boletim de Comércio Exterior de janeiro, divulgado hoje. A Funcex destaca ainda que esta melhora no valor exportado deve-se também a uma alteração na pauta de vendas ao exterior com crescimento de produtos manufaturados de maior preço unitário.

Segundo o texto, o aumento de preços, na pauta geral de exportação, foi de 12,2%, a maior alta dos últimos 10 anos. Por segmento, os aumentos de preço foram de 14,2% para os produtos básicos, de 11,8% para os semimanufaturados e de 10,9% para os manufaturados. Das commodities com peso importante na pauta, apenas o grupo de soja teve queda de preço, de cerca de 30%, todos os demais subiram. Entre os manufaturados, os ligados a commodities encareceram 21,5% enquanto os demais produtos subiram 9,2%.

Os produtos industrializados ligados a commodities - como gasolina e óleos combustíveis, álcool, açúcar e café solúvel - representam apenas 14% das exportações de manufaturados. Por isso as commodities não foram o fator predominante no aumento de preço dos manufaturados. Entre os manufaturados não ligados diretamente a commodities, tiveram altas expressivas, por exemplo, os produtos metalúrgicos (25,6%), laminados de aço (19%), refrigeradores e congeladores (18,9%), petroquímicos (16,7%), calçados (16,3%) e partes e peças de automóveis e tratores (12,4%).

Recorde

Apesar disso, o desempenho do comércio exterior brasileiro no ano passado superou as expectativas batendo recordes e ampliando a participação do Brasil no comércio mundial de 1,1% para 1,2%. A Funcex reafirmou no boletim suas previsões para este ano de que as exportações devem ficar em US$ 129 bilhões, as importações em US$ 86,9 bilhões e o saldo em US$ 42,2 bilhões. A manutenção das previsões foi feita considerando os números preliminares das quatro primeiras semanas de janeiro, cuja média diária de exportações foi de US$ 422,9 milhões e de importações de 294,6 milhões.





Fonte: Agência Estado

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