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Saúde
Quarta - 01 de Fevereiro de 2006 às 13:24

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A alegria tomou conta do Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá, com a presença do grupo “Doutores Palhaços” do projeto “Saúde com Alegria”, da Secretaria de Estado de Saúde (Ses). Por onde passam, os Doutores Palhaços arrancam sorrisos dos pacientes, acompanhantes, funcionários e corpo clínico do hospital. O resultado é a amenização do sofrimento e a diminuição da tensão durante o tratamento.

Aliás, as brincadeiras, a música e o sorriso são os remédios utilizados pelo grupo para tratar os seus pacientes.

Na maleta, os Doutores Palhaços carregam aparelhos médicos de brinquedos como o “martelinho”, medidor de pressão e de batimentos cardíacos e até mesmo um “ferrinho” para verificar se o paciente está passando bem. Para deixar o paciente ainda mais fortalecido, o doutor “Teco Peteleco Caju” utiliza um outro instrumento: a viola de cocho. “Cada apresentação é única porque a gente não trabalha com nada pronto ou planejado. A nossa tônica é a improvisação porque cada paciente tem que ser abordado conforme o seu estado físico, emocional e psicológico”, disse Daniel de Paula, que interpreta o doutor “Teco Peteleco Caju”.

Além de “Teco Peteleco Caju”, o grupo é formado pelas doutoras-palhaça “Preta Bocaiúva, interpretada por Eneida Vandoni Pereira, a “Ema Farofa Caju”, por Zenaide Rocha, a “Jujuba Caju” por Edenilse Regina da Silva, a “Pepita Pipoca Pequi” por Noemir Silva, a doutora “Gata Bocaiúva”, com Eunice Maria D’Almaso, o doutor Talk Belo Pequi”, por Davi Vicente da Silva e o “Bico Doce Bocaiúva feito por Jurandir Moura.

Eneida Vandoni explica que o maior objetivo do grupo é a suavização do ambiente hospitalar, proporcionando o bem-estar aos pacientes, funcionários e corpo clínico. “Nossa intenção é contribuir com a humanização do ambiente hospitalar. Mas, muitas vezes recebemos mais do que repassamos aos pacientes. É uma troca muito importante”, disse ela.

Para Zenaide Rocha, os Doutores Palhaços também representa um crescimento na vida pessoal de cada integrante do grupo. “Cada visita é uma emoção e uma experiência nova. Afinal, hoje a gente pode estar bem, mas amanhã qualquer um pode estar doente e num hospital”. Especialistas que trabalham com humanização afirmam que a suavização do ambiente hospitalar promove a redução do tempo de internação, aumento do bem-estar dos próprios funcionários e a diminuição das faltas no trabalho.

Para quem recebe a visita do grupo fica o carinho e o agradecimento. “Foi ótimo. A alegria que eles trazem para a gente nos dá força para continuar o tratamento. Nos ajuda muito”, disse Lecil Lacerda Magalhães, 63 anos, que está há dois dias internada no HGU. Sua companheira de quarto, Mariana Venâncio Silva Barreto, 53 anos, também sentiu-se mais fortalecida com o carinho demonstrado pelos Doutores Alegria. “É um trabalho maravilhoso e deveria acontecer mais vezes.

A gente sente melhor depois que recebe uma visita como esta.As vezes dentro do Hospital esquecemos de sorrir.A doença, só nos faz lembrar de sofrimento.A Alegria destes “Doutores” é contagiante e me fez sorrir muito ”, afirmou Marina.

Quem também ficou feliz com a presença dos Doutores Palhaços foi a menor A.O.M, 10 anos, internada . “É muito divertido, nem parece que estou num hospital.Vou sarar logo”, disse. Já para o acadêmico do 5º ano de medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Marcelo Baracat de Almeida, a visita dos “Doutores Palhaços” torna o ambiente hospitalar mais agradável. “Os Doutores Palhaços são divertidos e distraem tanto os pacientes como os profissionais da área de saúde. É muito bacana.

O projeto de Humanização que a Secretaria de Estado de Saúde implantou, é fundamental para a quebra de conceitos.A Alegria cura mais rápido, isso já é comprovado cientificamente.O paciente não se entrega a doença, quando recebe visitas que o animam e melhora a auto estima”, disse.

No ano passado, cerca de 13 mil pessoas receberam a visita dos Doutores Palhaços, nas áreas de atuação. Em Cuiabá, o grupo atua, além do HGU, no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM), Hospital do Câncer e no Pronto Socorro de Várzea Grande (PSMVG). O projeto também já foi implantado nas cidades de Colíder, Sorriso, Cáceres e Rondonópolis.





Fonte: O Documento

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