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Cultura
Sexta - 27 de Janeiro de 2006 às 03:45

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Salzburg, Viena - Amantes da música clássica celebram nesta sexta-feira em todo o mundo os 250 anos de nascimento de Wolfgang Amadeus Mozart, um dos músicos mais geniais da história, símbolo definitivo de sua época. Em seus 35 anos de vida, ele teve tempo para escrever 626 composições, muitas delas consideradas obras-primas, como as óperas Don Giovanni, As Bodas de Fígaro e A Flauta Mágica.

Às 20 horas do dia 27 de janeiro de 1756, no número 9 da rua Getreidegasse, na cidade de Salzburgo, que na época tinha 16 mil habitantes, nascia Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart, que depois mudaria seu quarto nome para Amadeus. Seu pai, Leopold Mozart, era músico da caráter arquiepiscopal.

Aos 5 anos de idade Mozart se apresentou em público pela primeira vez, em um evento escolar em Salzburgo, no dia 1.º de setembro de 1761. Aos 11 anos, viajou com o pai por vários países e fez seu primeiro concerto, em Augsburgo, na Alemanha, cidade natal de seu pai, em 1763. Aos 14 anos, fez seu primeiro concerto na Itália, em Verona e triunfou em Milão com sua ópera Mitridate, re di Ponto KV.87 (74a), encenada sob sua direção em dezembro de 1770. Em 1781, Mozart deixa Salzburgo após romper com seu mecenas da corte arcebispal e se instala em Viena, trabalhando como compositor de óperas, pianista e professor. Casou-se em 1782, sem o consentimento de seu pai, com Constance Weber.

Mozart nasceu em Salzburgo, mas passou os anos decisivos de sua carreira em Viena, onde compôs suas principais obras. "Para minha profissão, este é o melhor lugar do mundo", escreveu Mozart em abril de 1781. Morreu em Viena, aos 35 anos, no dia 5 de dezembro de 1791, às 0h55, em decorrência de uma febre, e foi enterrado em uma vala comum do cemitério de Saint Marx.

Casa de Mozart em Viena vira museu De 1784 a 1787, Mozart viveu com sua família, seus empregados, um cachorro e um passarinho em um dos apartamentos da Domgasse (Rua da Catedral) número 5, construído no século 17 e um dos melhores endereços da época, lugar que ele deixou devido a uma viagem a Praga para a estréia de Don Giovanni.

Agora, depois da transformação da construção, de quatro andares, em museu, o visitante pode ver, no seu segundo e terceiro andares, uma representação do estilo de vida daqueles tempos.

O museu tem uma superfície total de mil metros quadrados, onde atualmente são realizadas exposições e eventos culturais. Com a ajuda da União Européia, uma obra que custou 8 milhões de euros restaurou o espaço e reservou o segundo andar da construção para exposições, simpósios e outros eventos.

A Casa Mozart pretende fazer com que o visitante questione os clichês e tente se aproximar de Mozart como pessoa e compositor. Embora haja móveis, roupas e utensílios da época expostos no local, praticamente nenhum pertenceu ao compositor. No entanto, dão respostas a perguntas sobre seu estilo de vida, sua família e sua forma de trabalhar, recorrendo aos meios audiovisuais modernos para isso, através de várias instalações de vídeo.

No dia 29 de setembro de 1784, Mozart e sua mulher se mudaram para este edifício com seu filho Carl Thomas, que tinha nove dias de idade. Eles ficaram no local até abril de 1787, em um período de sucesso profissional e de vida agitada.

Nos 10 anos em que viveu em Viena, o compositor teve 14 endereços diferentes, e este é o único de todos eles que continua de pé. Os Mozart viviam um estilo de vida que correspondia ao de um compositor famoso, e pagavam um aluguel anual de 450 florins, quantia que o músico ganhava em sua cidade natal, Salzburgo, em um ano. Recebeu visitantes ilustres como Joseph Haydn e Ludwig van Beethoven.

O terceiro filho do casal, Thomas Leopold, também nasceu nesse local, mas morreu quando tinha menos de um mês de idade. Os Mozart tiveram seis filhos, dos quais apenas dois, Carl Thomas e Franz Xaver Wolfgang, sobreviveram aos anos da infância. Este último nasceu poucos dias antes da morte de seu pai e também foi músico, mas nunca foi tão famoso.

No museu, documentos autênticos, como o contrato de casamento assinado por Mozart e Constance em 1782, e seu testamento, de 1791, sua admissão na loja maçônica "A la Beneficencia", um tabuleiro de jogos populares e uma mesa de bilhar, um de seus passatempos favoritos.

Uma das instalações multimídia dedicadas à obra do compositor combina várias imagens para oferecer uma experiência sensual do que é a Flauta Mágica. Esta ópera, concebida como um conto, foi um de seus grandes sucessos, mas Mozart morreu apenas dois meses depois da estréia da obra.




Fonte: AE

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