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Nacional
Quarta - 18 de Janeiro de 2006 às 11:34

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Um ano após o seqüestro do brasileiro João José Vasconcellos Júnior, no Iraque, o governo brasileiro garante que continua trabalhando no caso, apesar de pouco avanço nas investigações. Segundo nota oficial divulgada pelo Itamaraty, todas as embaixadas do País na região continuam mobilizadas e atentas ao incidente, além do Núcleo Iraque da Embaixada na Jordânia acompanhar todos os desdobramentos e manter contatos freqüentes com governos estrangeiros.

O Itamaraty informa ainda que, caso necessário, poderão ser organizadas novas missões à região. O grupo para monitorar e avaliar a evolução dos acontecimentos, integrado por funcionários do Itamaraty, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e da Agência Brasileira de Inteligência, também continua desempenhando ações, sempre em contato permanente com a empresa Norberto Odebrecht, empregadora do senhor João José Vasconcellos Júnior, e com a família do engenheiro brasileiro.

Respondendo as críticas da família de que o presidente Lula teria sido passivo nas ações da investigação, o Itamaraty responde que ele, juntamente com o ministro Celso Amorim, tratou do assunto com interlocutores do mais alto nível. "Dentre as ações desempenhadas pelo presidente, pode-se destacar a conversa por telefone dele com o presidente da Síria, em 25 de janeiro de 2005", diz a nota.

Após inúmeras outras ações por parte do governo - como por exemplo, a ampliação da rede de contatos para levantamento de informações sobre o caso, o envio imediato à região do embaixador extraordinário para o Oriente Médio e a formulação de apelos humanitários, no Brasil e no exterior - o Itamaraty garante que as investigações continuam "com cautela e com toda a discrição necessárias", já que o seqüestro ocorreu em região conflagrada, foco de intensos bombardeios aéreos e combates. A nota destaca ainda que a difícil situação prevalecente no Triângulo Sunita, durante grande parte dos últimos 12 meses, dificulta a realização de investigações.

Até agora, ainda segundo o Itamaraty, o resultado mais concreto dos trabalhos das investigações foi em 30 de março de 2005, quando foi achado o original de documento pertencente ao engenheiro brasileiro. Apesar da pouca informação, no entanto, o governo diz que "tem agido com firmeza e determinação na busca de um desfecho para o caso, sempre em contato com a empresa Norberto Odebrecht e com a família de Vasconcellos Júnior". O paradeiro de Vasconcellos, contudo, continua uma incógnita.





Fonte: Terra

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