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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Terça - 17 de Janeiro de 2006 às 22:36

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As centrais sindicais não receberam bem a proposta do Planalto de fixar o mínimo em R$ 340 para poder antecipar o reajuste para março. As centrais pediram para elevar o atual mínimo de R$ 300 para R$ 350 a partir de março. Para manter o reajuste em maio, as centrais querem um piso de R$ 360.

"Não vamos abrir mão da antecipação e do reajuste para R$ 350 a partir de março. O governo tem duas opções: paga R$ 350 a partir de março ou R$ 360 a partir de maio", disse o presidente da CUT, João Felício.

A proposta alternativa do Planalto foi apresentada como compensação para o custo da antecipação da data-base, que seria de R$ 1,06 bilhão ao mês --totalizando R$ 2,1 bilhões pelo pagamento antecipado de março e abril.

Mas o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirmou que as centrais não podem desfazer uma negociação que já estava fechada. "O governo já havia concordado com os R$ 350 e ficou de discutir o custo da antecipação do reajuste com a equipe econômica. Não podemos aceitar um valor menor e desfazer uma negociação que já havia sido feita na semana passada."

Para os dois, a resistência do governo em elevar o mínimo para R$ 350 faz parte do processo de negociação. "Todos os lados sabem como funciona uma negociação salarial. Espero que esse jogo de cena seja parte do processo", afirmou Juruna ao lembrar que vários integrantes do governo e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já participaram de negociações salariais na condição de sindicalistas.

Felício, entretanto, admitiu que a antecipação do reajuste tem um custo para os cofres públicos. "Elevar o mínimo é fazer distribuição de renda e promover justiça social. Encontrar os meios para pagar o novo mínimo é um problema do governo."

No começo das negociações, as centrais pediam um mínimo de R$ 400. Depois recuaram para R$ 360. Na semana passada, concordaram com um piso de R$ 350 se o reajuste fosse antecipado para março. Para 2006, as centrais querem antecipar o reajuste do mínimo para janeiro.

Tabela de IR

As centrais também pedem uma correção da tabela de IR de 10%. O governo acena com a possibilidade de pagar 7% de correção. No início das negociações, as centrais pediam 13% de correção para compensar a inflação acumulada no governo Lula.

Em 2004, as centrais sindicais pediam que a tabela sofresse uma correção de 17% para zerar as perdas inflacionárias acumuladas no governo Lula, mas o governo concedeu um reajuste de 10%. Desde 1996, a tabela sofreu somente duas correções: de 17,5%, em 2002, e de 10% em 2005.




Fonte: Folha Online

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