Plantio de algodão deve começar a partir de hoje na região de Sinop

Começa hoje, oficialmente, o plantio de algodão na região de Sinop, mas poucos cotonicultores devem se arriscar a plantar. De acordo com a tabela de zoneamento agrícola do Ministério da Agricultura, Mato Grosso foi dividido em 5 regiões e cada uma teve uma data estabelecida para o plantio da pluma. No núcleo 1, que, entre outros municípios, abrange as cidades de Alta Floresta, Cláudia, Colíder, Feliz Natal, Guarantã do Norte, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Itaúba, Juara, Juína, Marcelândia, Matupá, Nova Canaã do Norte, Nova Santa Helena, Novo Mundo, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Santa Carmem, Sinop, Tabaporã, Terra Nova do Norte, União do Sul e Vera, a do plantio fica definido até 30 de janeiro.

O novo calendário de plantio foi apresentado pelo Instituto Nacional de Defesa Agropecuária (Indea). A única exceção quanto as datas de plantio foi determinada para o plantio de variedade de ciclo superior a 150 dias. Neste caso, a data não poderá ultrapassar 20 de janeiro de 2006. O Indea proíbe ainda o plantio fora desses períodos estabelecidos. No caso de autorização, ela só será concedida para o plantio comercial, em caso de grave imprevisto climático, devidamente comprovado; melhoramento genético e produção de semente genética, mediante assinatura de Termo de Compromisso e Responsabilidade, concedido pelo instituto.

Preço em baixa, custos autos, excesso de oferta e dificuldades para exportação são motivos que levam a uma redução significativa na produção de algodão no Nortão. A previsão de queda para o Estado é de 40% em relação a safra passada. Em Sinop, a situação não é diferente. Um dos poucos cotonicultores do município, o empresário Jaime Luiz de Marchi, desistiu da safra 2005/2006 e afirmou, ao Só Notícias, que o motivo é inviabilidade de obtenção de lucros. “Não plantei na última safra e não vou plantar nesta. Está totalmente inviável plantar um hectare de algodão sequer, em Sinop. Os custos estão muito altos e ninguém quer pagar bem pelo produto”, acrescentou.