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Economia
Quarta - 11 de Janeiro de 2006 às 05:37

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O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato, fez forte elogios a maneira que o Brasil vem comandando a política econômica nacional. Rato recomendou, no entanto, que o país dê mais autonomia o Banco Central e não afrouxe a disciplina fiscal.

De Rato comemorou a decisão do Brasil de quitar a dívida com a instituição dois anos antes do prazo. Para o diretor, a experiência do Brasil deve servir de exemplo de como o fundo pode ajudar um país sem prejudicar o mercado.

O "chefão" do FMI aconselhou também o Brasil a não relaxar a política fiscal, citando a sua própria experiência com ministro das Finanças da Espanha. Para o diretor, a política brasileira tem sido conduzida "com muita determinação".

"A equipe econômica tem mostrado empenho em manter o câmbio flutuante e as reservas internacionais", disse de Rato, em evento que contou também com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros Antonio Palocci e Dilma Rousseff.

De Rato apostou também no crescimento de 4% do PIB brasileiro para 2006 - menor, portanto, que a previsão do ministro Antonio Palocci, de 5% - além de aumento das exportações e importações. Para ele, no entanto, o Brasil pode e deve ter metas mais ambiciosas no longo prazo.

Apesar dos elogios à política econômica atual, o diretor do FMI recomendou que o Banco Central se torne autônomo, de modo a tornar a economia brasileira mais sólida.

Pessimistas Para o presidente Lula, o pagamento antecipado da dívida mostrou que os pessimistas estavam errados ao apostar no fracasso da atual política do governo. Lula disse que não se deve resguardar na maneira como vem conduzindo o Governo.

"É com muito trabalho e sacrifício, e não com milagre, que se faz uma economia e uma democracia sólida", afirmou Lula. O presidente voltou a ressaltar que, com o fim da dívida com o FMI, o País finalmente pode "caminhar com as próprias pernas".

Decisão Madura Para o ministro da Fazenda Antônio Palocci, a quitação antecipada da dívida foi uma "decisão madura". Segundo o ministro, a estratégia de redução da dívida externa implantada pelo atual governo terá um impacto "duradouros positivo" na economia do País.

Segundo o ministro, os avanços da política macroeconômica não prejudicam os mais pobres, mas recuperam a renda e o emprego do brasileiro.

Palocci havia se encontrou na manhã desta terça-feira com o diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato, que veio ao Brasil formalizar a quitação da dívida de US$ 15,57 bilhões que o Brasil tinha com a instituição.

O Banco Central cobriu a dívida ao depositar o dinheiro antecipadamente no dia 27 de dezembro.




Fonte: Invertia

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