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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Quinta - 15 de Dezembro de 2005 às 17:20

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O caso do menino A., que foi diagnosticado como soropositivo ao nascer, em 1998, e não apresenta mais sinais do vírus da aids em seu organismo segundo exames recentes, será analisado pela maior especialista do mundo em transmissão vertical de HIV (de mãe para filho). Ontem, a direção do Hospital Escola São Francisco de Assis, da UFRJ, no Rio de Janeiro, enviou os resultados dos exames e a prescrição dos antiretrovirais usados pelo garoto nos seis anos de tratamento à pesquisadora americana, que não teve a identidade revelada.

"Encaminhamos tudo sobre esse caso para que ela compare com outros e nos encaminhe seu parecer sobre nosso paciente", diz Carla Luzia Araújo, vice-diretora do hospital em que A., hoje com 7 anos, é tratado desde o primeiro mês de vida.

Amostras de sangue podem ser enviadas para exterior Além disso, segundo Carla, amostras de sangue do garoto devem ser enviadas para análise em laboratórios fora do País. Carla afirma que os métodos de diagnóstico no Brasil não possibilitaram mais a detecção do HIV no sangue de A.

"Pode ser que a pesquisadora conheça outros exames, já que ela tem informações de todo o mundo. Se ela tiver acesso a um exame mais preciso, pediremos autorização dos responsáveis pelo paciente para que os testes sejam realizados em laboratórios no exterior", afirma a vice-diretora da unidade. Carla afirma que outros grupos de pesquisa também estão sendo consultados.

"A gente está tendo acesso a um grupo na Inglaterra que está analisando situações em diversas partes do mundo em que não se consegue identificar partículas virais em pacientes anteriormente diagnosticados como portadores do HIV, como é o caso de A.", lembra Carla.

Preocupada, ela afirma que o menino, que teve a medicação suspensa em janeiro, após passar três anos com carga viral indetectável - o que indica que o vírus pelo menos não está se multiplicando -, não pode abandonar o acompanhamento médico.

"Até segunda ordem, ele tem HIV, porque a doença não tem cura. Mas ele não pode deixar de ter consultas regulares e fazer os exames prescritos porque da mesma forma que ele está reagindo bem sem os antiretrovirais, pode ser que tenha uma recaída. E isso precisa ser acompanhado", afirma.





Fonte: Terra

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