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Economia
Quinta - 15 de Dezembro de 2005 às 17:10

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A estatal aérea portuguesa TAP negou que tenha desistido de comprar a VarigLog (cargas) e VEM (manutenção). As duas subsidiárias foram vendidas em novembro por US$ 62 milhões para a Aero-LB --sociedade de propósito específico criada pela TAP. Desse montante, dois terços foram financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Para ser efetivada, a TAP tem de cobrir as ofertas de compra que foram apresentadas até o último dia 9. O fundo norte-americano Matlin Patterson (US$ 77 milhões) e o Grupo Docas (US$ 139 milhões) fizeram lances superiores ao da TAP.

A TAP tem até segunda-feira para informar se cobrirá ou não a proposta do Grupo Docas. No entanto, o jornal português "Diário Económico" publicou reportagem informando que a TAP havia desistido do negócio.

Mas o diretor de comunicação da TAP, António Monteiro, negou que a aérea já tenha decidido se ficará ou não com a VarigLog e VEM. Ele disse que a empresa continua analisando o negócio. Segundo ele, a TAP só dará sua resposta oficial na segunda. "Tudo o mais é dedução [do jornal]", disse Monteiro.

Se a TAP não cobrir a proposta de Docas, pelo contrato fechado anteriormente, terá direito a receber uma indenização de US$ 12,5 milhões.

Questionamento

A Fundação Ruben Berta, que detém 87% do capital votante da Varig, escolheu a proposta de Docas, que também prevê a compra do controle da holding FRB-Participações por US$ 112 milhões em dez anos --uma parcela por ano.

Ontem, a Justiça do Rio tornou o contrato sem eficácia até segunda-feira, quando acontece a assembléia de credores que vai analisar o plano de recuperação. Se o plano for rejeitado, a Justiça pode decretar a falência da Varig.

A decisão foi tomada a pedido do Ministério Público do Rio, que informou que a transação não poderia ocorrer sem o aval dos credores.

O fundo americano MatlinPatterson também conseguiu ontem uma liminar na Justiça que intima a Varig a apresentar, em 24 horas, a proposta da Docas pelas subsidiárias VarigLog e VEM. O fundo informa que sua proposta era superior e previa a capitalização da Varig em US$ 500 milhões.

Entre os argumentos utilizados pela Fundação para justificar a escolha da proposta de Docas estava o fato do controle da Varig continuar na mão de brasileiros. Mas o americano informou que está associado a um grupo de brasileiros.





Fonte: Folha Online

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