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Agronegócios
Quarta - 07 de Dezembro de 2005 às 14:41
Por: Diego Toledo

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Um relatório divulgado nesta quarta-feira pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) afirma que investimentos e políticas complementares serão necessários para garantir que os benefícios de uma possível reforma do comércio agrícola cheguem também aos mais pobres.

“O comércio agrícola e a liberalização comercial podem revelar o potencial do setor agrícola de promover o crescimento a favor dos pobres, mas esses benefícios não são garantidos”, afirma a agência da ONU.

Para garantir que a reforma do comércio agrícola ajude as populações mais pobres, a FAO apresenta no relatório uma série de recomendações.

A entidade pede que instituições de mercado e uma melhor infraestrutura sejam criadas antes da abertura de mercados agrícolas domésticos à competição internacional.

A agência da ONU também sugere a adoção de políticas consistentes que ofereçam “sinais apropriados de resultados favoráveis aos pobres e ao crescimento” no processo de liberalização agrícola.

A FAO pede ainda investimentos em educação e na criação de órgãos que ofereçam redes de proteção para as pessoas mais vulneráveis durante a transição rumo ao livre comércio.

O relatório conclui que as mudanças do comércio no setor agrícola podem ajudar no combate à fome e à pobreza se forem acompanhadas por uma estratégia explícita de ajuda aos mais pobres.

Brasil

Em um trecho do relatório dedicado ao impacto da liberalização agrícola no combate à pobreza no Brasil, a FAO apresenta cálculos que prevêem uma redução do índice de pobreza no país de 2,9% a curto prazo e 1,6% a longo prazo.

O estudo indica que a variação é causada pelo impacto positivo da liberalização agrícola na renda dos domicílios rurais autônomos, que representam um elemento importante no quadro da pobreza nacional.

O estudo afirma que os efeitos positivos da abertura de mercados agrícolas vão além do impacto imediato que a liberalização do setor provoca nos produtores e consumidores.

De acordo com a FAO, a possível reforma pode contribuir para o crescimento econômico e o aumento dos salários de trabalhadores menos qualificados nos países em desenvolvimento.

“As reformas comerciais que estimulam a produção agrícola freqüentemente levam a um aumento geral nos salários dos menos qualificados”, diz o relatório.




Fonte: BBC Brasil

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