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Internacional
Segunda - 05 de Dezembro de 2005 às 07:05

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Melbourne - Um antigo guarda-costas do deposto presidente iraquiano Saddam Hussein está vivendo na Austrália há seis anos sob um visto de proteção temporária, informou hoje o jornal local The Age. O departamento de Imigração negou inicialmente o visto a Oday Adnan Al Tekriti, de 38 anos, por ser suspeito de ter cometido crimes contra a humanidade, mas ele apelou da decisão e conseguiu receber um visto de proteção. O iraquiano é casado com uma médica australiana que foi parlamentar no estado da Austrália do Sul pelo Partido Liberal, atualmente no Governo australiano.

A ministra de Imigração, Amanda Vanstone, disse que seu departamento não discrimina ao outorgar vistos de proteção por razão de nacionalidade, mas a oposição trabalhista afirmou que os exames de personalidade que são realizados antes da aprovação dos vistos devem servir para evitar a entrada de sujeitos perigosos no país.

Tony Burke, porta-voz trabalhista em assuntos de Imigração, declarou em comunicado à imprensa a contradição que representa que a Austrália confine em centros de detenção de imigrantes pessoas que tiveram que deixar o Iraque para escapar do regime ditatorial de Saddam Hussein, enquanto o Governo protege Tekriti, que trabalhou para o ex-presidente.

O "visto de proteção temporária", introduzido em 1999, permite aos refugiados ficarem no país durante três anos para que seu status seja reconsiderado pelo Governo, que decidirá se o renova ou devolve a seu país de origem.

O atual Governo australiano manteve uma atitude muito estrita em política de imigração, baseada em não permitir a entrada de solicitantes de asilo no país e de trancar os que o conseguem em campos de detenção de imigrantes enquanto seus pedidos são analisados.




Fonte: EFE

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