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Polícia Brasil
Quarta - 30 de Novembro de 2005 às 15:35

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A Gerência de Operações Especiais (GOE), da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, investiga a fuga de um preso de dentro do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá ocorrido por volta das 23 horas de ontem, terça-feira (29/11). Lucas Alves Araújo estava preso pela acusação de ter participado do seqüestro do empresário Caetano Polato e duas filhas dele, em Rondonópolis, no mês de setembro do ano passado. Dois homens foram presos em flagrante, durante a madrugada: Washington Silva Dias e Alexandre de Oliveira. Ambos confessaram a facilitação da fuga de Lucas Alves, crime previsto no artigo nº 351 do Código Penal. Dois suspeitos de participação já tiveram as prisões preventivas decretadas e estão foragidos: Gilliard Augusto de Lima e Marcelo Rocha da Silva.

Alexandre de Oliveira foi preso dentro do Pronto Socorro pelo policial civil Jonas de Oliveira Almeida, que estava sendo atendido no local. Em seu depoimento, Jonas relatou que viu o preso tomando soro algemado e um agente prisional fazendo a guarda. No entanto, ele adormeceu enquanto também recebia soro e quando acordou o agente estava algemado no lugar do detento. Ao retirar o próprio soro e sair pelos corredores, Jonas escutou uma médica avisando que um dos facilitadores da fuga estava no consultório médico. O policial então deu voz de prisão ao suspeito, que não resistiu à prisão e foi levado para a Central de Flagrantes. Alexandre vestia uma camiseta da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.

Com base nas informações de Alexandre, os delegados Marcos Veloso e Antônio Carlos Garcia saíram em diligência e prenderam, também em flagrante, Washington Silva Dias, no Paiaguás. Durante interrogatório prestado ao delegado plantonista Rogério Modelli, Washington afirmou que há um mês negociava a fuga com Lucas, que conheceu dentro da Penitenciária Pascoal Ramos. Os contatos eram feitos por meio do advogado de Lucas, identificado apenas como Celso, conforme informou Washington. Além de Alexandre, que veio de São Paulo e receberia U$ 5 mil pelo serviço, Washington contratou Gilliard e Marcelo, sendo que o primeiro o ajudou a fugir da Cadeia Pública Carumbé. Washington disse à polícia que receberia U$ 10 mil, que seriam pagos por Lucas, após a fuga.

O veículo Uno, cor branca, utilizado na fuga é de Gilliard, segundo informações dos presos. Também foi utilizada uma moto Honda. A polícia apreendeu uma pistola 380, dez munições, carregador, uma passagem de ônibus com saída de Cuiabá para São Paulo (SP), R$ 301 e dois celulares.

FUGA - Os presos contaram à polícia que Lucas teria tomado uma mistura de benzoato de benzina, pimenta e vinagre para forjar a saída do Pascoal. Ele começou a passar mal por volta das 21 horas, quando o chefe de equipe dos agentes prisionais solicitou a sua retirada para atendimento médico. O agente que acompanhou e aguardava o preso é Victor Tiago Ferreira, que exerce a função há seis meses. Ele relatou que aguardava o término do soro de Lucas Alves quando dois homens se apresentaram como policiais e disseram que o preso seria transferido.

Victor disse aos dois que o detento estava apenas em atendimento e não havia ordens para que fosse retirado do local. Então os dois homens encostaram uma pistola na barriga dele e outra em suas costas. “O preso mandou que eu ficasse quieto, porque senão iriam atirar e também que eu ficaria algemado no lugar dele”, contou o agente prisional.




Fonte: Assessoria

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