Polícia flagra desmanche de caminhão

Policiais da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Derrfva) localizaram um cavalinho Mercedes Benz que estava sendo desmanchado numa oficina mecânica em Várzea Grande. O veículo, encontrado anteontem de manhã, tinha sido roubado dois dias antes em Goiás. A localização ocorreu graças ao sistema de rastreamento via satélite. O cavalinho é a parte onde ficam o motor e a cabine do motorista.

Uma das suspeitas é que Várzea Grande esteja se tornado oficina de desmanche de veículos roubados em outros Estados. Desmanchados, são vendidos em pedaços, principalmente para lojas de peças usadas que não possuem registro do número de fabricação. O chassi e o câmbio são remarcados e revendidos à parte.

Segundo o chefe de operações da Deerfva, policial civil Túlio de Jesus, os criminosos tinham separado várias partes do veículo. Uma das suspeitas é que o cavalinho seria vendido em pedaços. O chassi e o câmbio estavam separados. Os policiais não encontraram o responsável pela oficina e guincharam o veículo.

“A impressão que temos é que os bandidos iriam remarcar o câmbio e o chassis e repassá-los para a frente. Estava tudo desmanchado. Agora falta localizar a carreta com a carga”, observou a delegada Vera Rotilde.

Segundo a polícia goiana, a carreta foi roubada na quinta-feira de manhã na cidade de Montevidiu (GO) nas proximidades do trevo de acesso a cidade de Paraúna. Ao diminuir a marcha, o motorista José Augusto Louzada acabou rendido por três homens - um deles armado com um revólver. Ele e o ajudante transportavam cerca de 40 toneladas de milho a granel.

Em seguida, os dois foram levados para um matagal que serviu como cativeiro. No dia seguinte, foram liberados, caminharam até a rodovia e pediram carona. Como a carreta tem sistema de rastreamento via satélite, no domingo os policiais da Derrfva foram informados a respeito do local onde a carreta estava escondida.

“Os ladrões, pelo jeito, agiram rápido porque em poucos dias ela chegou em Várzea Grande para o desmanche”, completou o chefe de operações. A princípio, acredita-se que a oficina pertence a um homem identificado como “Argentino”. Os policiais fizeram buscas nas proximidades, mas não o localizaram. Uma das suspeitas é que ele tenha fugido.