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Internacional
Quarta - 16 de Novembro de 2005 às 03:09
Por: Paulo Sotero

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Washington e Porto Príncipe - Ativistas denunciaram na terça-feira à Comissão Interamericana de Direitos Humanos os governos do Brasil e dos EUA por envolvimento e cumplicidade em "massacres" de civis no Haiti desde a mobilização da força de paz das Nações Unidas - Minustah -, sob comando brasileiro.

A deputada federal Maxine Waters, democrata da Califórnia, acompanhou o grupo de ativistas até o prédio da Organização dos Estados Americanos, em Washington, que abriga a comissão. A petição enumera 12 incidentes nos quais soldados brasileiros ou sob o comando do Brasil deixaram de intervir em ações da polícia haitiana que resultaram em mortes de civis ou participaram diretamente em ações contra pessoas identificadas como membros de "gangues".

"Em 29 de junho de 2005, em Bel Air, tropas brasileiras atiraram e mataram William St. Mercy, um deficiente físico de meia-idade, que estava sentado em sua cadeira de rodas, sem armas", lê-se num trecho da petição de 12 páginas contra o Brasil.

Violência aumenta - Uma operação da Minustah no bairro Cité Militaire, no norte da capital, do Haiti, Porto Príncipe, deixou ontem quatro mortos e 33 detidos, informou a força multinacional. Segundo um comunicado da força da ONU, as vítimas eram assaltantes que atacaram uma patrulha de uma unidade do batalhão brasileiro no bairro de Cité Militaire.

"A patrulha reagiu em legítima defesa ao ataque dos grupos armados", disse o comunicado. "Diante do aumento dos ataques, um total de 220 capacetes azuis foi mobilizado. A operação durou mais de oito horas e não houve nenhuma vítima entre civis", informou a nota.

Após ter constatado um aumento da violência em Cité Militaire, a Minustah reforçou sua presença neste bairro. Ontem, de acordo com a força, quatro delinqüentes morreram em outra operação.





Fonte: EFE

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