Fiscais federais recorrem

Fiscais federais agropecuários de Mato Grosso garantem 30% das atividades e recorrem à Justiça para derrubar mandado de segurança impetrado pelo Sindicato dos Frigoríficos do Estado (Sindifrigo).

Segundo o representante da Associação dos Fiscais Federais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Affama), Joaquim Guimarães, a manutenção de 30% do funcionamento é uma deliberação nacional, acatada pelo comando de greve no Estado. "A greve dos fiscais continua por tempo indeterminado até que o governo federal apresente uma proposta à classe", observou Guimarães. A liderança da Affama, afirma que o governo prometeu apresentar uma proposta entre hoje até amanhã. "Se houver negociação encerraremos o movimento", afirmou Joaquim Guimarães.

O Sindifrigo afirma que com a paralisação os 25 frigoríficos que exportam estão amargando prejuízos de aproximadamente US$ 300 mil por dia. Segundo o presidente do Sindifrigo, Milton Bellicanta, o abate de animais no Estado ficou comprometido em 30% dos 18 mil que são abatidos diariamente. "Os frigoríficos são os mais prejudicados com essa greve. Considero uma incoerência muito grande. O veterinário está prejudicando a empresa. Em Mato Grosso do Sul, nenhum veterinário aderiu à greve", afirmou.

Bellicanta ainda condenou a decisão dos fiscais agropecuários de Mato Grosso de suspender o abate de animais aos sábados. "É uma medida muito prejudicial. Também fomos obrigados a suspender os embarques internos até que tudo se resolva", critica Bellicanta.

Na indústria Frialto, de Sinop (500 km de Cuiabá), que exporta para vários países, a redução é de 30%. Das 600 cabeças abatidas diariamente, o frigorífico vai reduzir para 420 animais. Os fiscais entraram em greve e reivindicam isonomia entre ativos, aposentados e pensionistas, concursos públicos, fim do contingenciamento do orçamento do ministério e aumento em 2006, e reestruturação orçamentária, entre outros