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Politica Brasil
Terça - 15 de Novembro de 2005 às 12:11
Por: Severino Motta

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Após a ruptura do PT com o governo Blairo Maggi (PPS), anunciada no último sábado, o deputado Ságuas Moraes (PT) passou a defender o nome da senadora Serys Marli para encabeçar a candidatura própria petista rumo ao Paiaguás em 2006.

A ruptura com Maggi, segundo o deputado petista, já era esperada desde a vitória do grupo da senadora no Processo de Eleição Direta do PT (PED), que levou Serys à presidência da agremiação em Mato Grosso, uma vez que ela vem sendo cogitada para ser candidata ao governo há muito tempo.

Contudo, ele alegou que a avaliação e a votação dos projetos do governo na Assembléia Legislativa continuarão as mesmas que o partido vinha desenvolvendo. “Vamos analisar as matérias do governo do Estado e apoiar aquelas que forem positivas”.

Em sua avaliação, a bancada petista já vinha fazendo isso. Ele citou que a sustentação a Maggi sempre foi pautada em críticas pontuais. “Sempre debatemos e fizemos críticas ao governo. Posso citar, por exemplo, as críticas às áreas ambiental e educacional”.

Quando admitiu a candidatura de Serys, Ságuas também avaliou outros nomes da sigla, no caso o deputado federal Carlos Abicalil e o ex-presidente regional do PT Alexandre Cesar.

Contudo, analisando o mandato de senador, que dura oito anos, e a possibilidade que Serys tem de disputar o pleito sem perder o cargo em Brasília, o deputado comentou: “Do ponto de vista eleitoral, de não perder o cargo, o melhor nome que temos hoje é o da senadora”.

Ele ainda frisou que Serys vem desde o início do ano defendendo uma candidatura própria e sua chapa, que pedia a disputa até mesmo no seu nome, já indicava a tendência. “Ela sempre defendeu a candidatura, foi a primeira a colocar seu nome à disposição, ela deverá ser a candidata”.

Em tal quadro político os deputados Ságuas e Abicalil vão disputar a reeleição. A indefinição está no futuro político de Alexandre Cesar, que está desgastado devido às denúncias de um suposto caixa 2 em sua campanha para a prefeitura da capital.

Reeleição de Lula

De acordo com Ságuas Moraes, a atual crise que vive o partido e por conseqüência o governo federal não deverá abalar as candidaturas da sigla. “O pleito estará garantido, pelo menos em nível federal, pois, apesar da crise no Congresso, o governo avançou muito em políticas sociais e continua fazendo a economia crescer. Acho que isso será muito bem avaliado pela população”, destacou.

Crise política atinge todas as agremiações

Para o deputado Ságuas Moraes, a crise política não atinge só o PT, mas todos os grandes partidos nacionais. Apesar disso, ele frisou que as políticas e obras implementadas pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva darão o fôlego necessário para o PT nas eleições de 2006. Além disso, o parlamentar comentou que “o grosso” das denúncias já foi apurado pelas CPIs e que o prorrogamento das investigações terá de analisar também o governo FHC.

“O Brasil está avançando na economia, gerando mais empregos, promovendo políticas sociais concretas, tudo isso será levado em conta e nos dará as condições de disputa nas eleições”, analisou.

Ságuas também ponderou que o ano que vem deverá ser mais produtivo que este. De acordo com ele, a crise está no Congresso Nacional e o governo federal só não avançou mais devido aos entraves no parlamento. “A crise não atingiu o governo, ela está no Congresso e só não se avançou mais este ano por causa disso”.

Por fim, considerando que a maior parte dos trabalhos das CPIs já promoveu as investigações necessárias, Ságuas alertou que a prorrogação das comissões acabará levando à era FHC. “Para apurar mais só voltando até a época do FHC”.

Deputado pretende dar mais segurança para programa

Ságuas Moraes quer criar um selo e uma central de distribuição para produtos da agricultura familiar. Um projeto de lei de sua autoria já tramita na Assembléia Legislativa, intitulado de Política de Agroindústria Familiar do Estado, que visa fomentar o cooperativismo e principalmente a agregação de valor aos produtos hortifrutigranjeiros. “A agricultura familiar precisa agregar valor a seus produtos e manter uma regularidade na distribuição, possibilitando que o mercado interno consuma esses produtos”.

De acordo com ele, caso seu projeto seja aprovado, técnicos irão visitar as famílias explicando os benefícios do cooperativismo e as linhas de crédito para industrialização mínima dos produtos da agricultura familiar.

Além disso, ele quer que o governo do Estado crie um selo e uma central de distribuição, atestando a qualidade dos alimentos e mantendo a constância na distribuição.

“Os supermercados todos compram os produtos desde que a distribuição seja regular”, explicou. “E o selo que ateste a questão sanitária fará com que a população não só compre um alimento de qualidade, mas também saberá que está fazendo uma compra social”.




Fonte: Folha do Estado

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