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Internacional
Quinta - 02 de Junho de 2005 às 09:39

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Pelo menos 16 pessoas morreram, incluindo o vice-governador de Diyala, em três ataques com carros-bomba perpetrados nesta quinta-feira no Iraque, onde cresce a insegurança, apesar das contínuas ofensivas das forças iraquianas e dos EUA contra a insurgência.

Segundo fontes policiais, nos novos atentados - dois deles cometidos por suicidas -, mais de 50 pessoas ficaram feridas, algumas delas gravemente.

O primeiro atentado registrado hoje ocorreu por volta das 8.00 (1.00 de Brasília), quando um suicida detonou seu veículo em frente a um restaurante da cidade de Touz Khormatou, 250 quilômetros ao norte de Bagdá.

A explosão, que causou a morte de 10 iraquianos e feriu 37, aconteceu quando os guarda-costas do vice-primeiro-ministro iraquiano, o curdo Rowsch Shaways, estavam tomando café no restaurante, disse Serkout Sherwan, membro da União Patriótica do Curdistão (UPK), do presidente do Iraque, Jalal Talabani.

Uma hora e meia mais tarde, um carro-bomba explodiu na passagem de um comboio de veículos no qual viajava o vice-governador da província de Diyala, Hassan Oluan, que morreu na hora junto com outros quatro de seus acompanhantes. No atentado, pelo menos dois dos guarda-costas de Oluan ficaram feridos, um deles gravemente, segundo a polícia.

Parlelamente, o canal de televisão iraquiana Al Sharquiya noticiou um atentado suicida com carro-bomba cometido esta manhã na cidade setentrional de Kirkuk, no qual, segundo a emissora, um menino morreu e 11 pessoas ficaram feridas. O suicida não conseguiu entrar na Companhia de Petróleo do Norte, por isso detonou o veículo perto de uma de suas principais entradas, acrescentou a emissora.

O exército americano anunciou hoje, enquanto isso, que um de seus soldados perdeu a vida em um ataque a bomba ocorrido ontem em Ramadi, oeste de Bagdá, o que eleva para cerca de 1.660 o número de militares dos EUA mortos no Iraque desde o início da invasão, em março de 2003.

O novo dia de violência transcorre enquanto mais de 40 mil efetivos do exército e da polícia iraquiana levam adiante sua campanha lançada no fim de semana passado contra supostos redutos da insurgência em Bagdá e seus arredores.

Segundo as autoridades iraquianas, mais de vinte supostos rebeldes morreram e cerca de 600 foram detidos durante esta operação militar.

A insurgência intensificou suas ações de violência após a formação, em 28 de maio, do novo governo iraquiano, chefiado pelo primeiro-ministro xiita Ibrahim al-Jaafari, que ordenou as últimas ofensivas contra os rebeldes.

Só em maio, um dos meses mais sangrentos do pós-guerra, 672 iraquianos morreram em ataques dos rebeldes em diferentes áreas do país, incluindo a capital.

O exército americano, por sua vez, noticiou a morte de 77 de seus soldados durante o mesmo período, mais de dez deles durante ofensivas militares em Al Qaim e Dadiza, na província de Al Anbar, na fronteira com a Síria.

A maior parte dos atentados suicidas perpetrados no Iraque foi reivindicada pela Organização da Al Qaeda para a Guerra Santa na Mesopotâmia, liderada pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, por cuja cabeça os Estados Unidos oferecem 25 milhões de dólares.





Fonte: EFE

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