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Internacional
Segunda - 30 de Maio de 2005 às 16:44

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O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, ressaltou nesta segunda-feira que os espanhóis fizeram o correto ao apoiar em plebiscito o Tratado Constitucional da UE e afirmou que este texto "acabará superando os obstáculos", porque a Europa "não é o problema", mas "a solução".

Em declaração institucional sobre o resultado do plebiscito francês, lida na sede do governo, Rodríguez Zapatero afirmou que os líderes da UE devem reconhecer o "mal-estar" causado pelo resultado da consulta francesa.

Os dirigentes europeus terão de "redobrar os esforços" para explicar que o Tratado Constitucional consagra os direitos e o "modelo social" dos europeus, acrescentou Zapatero.

Após demonstrar seu "respeito" à vontade expressada pelo povo francês, o chefe do Executivo afirmou que, uma vez concluído o processo de ratificação do Tratado nos 25 países da UE, os líderes da União terão de "fazer um balanço" e decidir quais serão "os próximos passos".

Rodríguez Zapatero ressaltou que, contra o "não" francês, os espanhóis fizeram o correto ao deixar "de lado os medos" e apoiar o texto constitucional.

Com bandeiras da Espanha e da União Européia por trás dele, o chefe do Executivo lembrou que o plebiscito francês foi a primeira resposta negativa à Constituição Européia, após a ratificação do texto por nove países, entre eles a Espanha, que representam a metade dos cidadãos europeus.

O chefe do governo expressou seu respeito pelo resultado da consulta realizada na França, "um país amigo, fundador e motor" da União Européia. "Mas o governo espanhol considera que o processo de ratificação deve continuar segundo as previsões da própria Constituição", acrescentou.

Para Zapatero, os grandes projetos humanos acabam se afirmando acima das dificuldades, e a construção européia é um grande projeto que acabará superando os obstáculos "porque a Europa não é o problema; a Europa é a solução".

O presidente do governo espanhol lembrou que os espanhóis referendaram com grande maioria a Constituição, tanto de forma direta no plebiscito como através de seus representantes no Parlamento.

"Fizemos o correto, apostamos no futuro e deixamos de lado os medos, e, por isso, tenho certeza de que expresso a opinião dos espanhóis quando digo: hoje, mais do que nunca, sim à Europa, sim a uma Europa mais unida, mais forte e mais solidária, sim a uma Europa constitucional", acrescentou Zapatero.





Fonte: EFE

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