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Meio Ambiente
Sexta - 27 de Maio de 2005 às 13:53

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Washington - Ignorando a ameaça de veto feita pelo presidente George W. Bush, parlamentares americanos votaram nesta terça-feira à favor da expansão dos limites impostos ao financiamento de pesquisas com células-tronco embrionárias nos Estados Unidos. O projeto de lei foi aprovado pela Câmara dos Representantes por 238 a 194 - suficiente para passar adiante no Congresso, mas muito abaixo da maioria de dois terços necessária para impedir o veto presidencial.

Bush disse que vetará a proposta. "Esse projeto nos colocaria além de uma linha ética crítica, ao criar novos incentivos para a corrente destruição de vida humana emergente", disse o presidente, antes mesmo da votação. "Cruzar essa linha seria um grande erro".

Defensores da pesquisa acreditam que as células-tronco embrionárias poderão, um dia, servir de base para o tratamento de uma série de doenças graves, assim como na recuperação de tecidos danificados. Para isso, as células precisam ser extraídas de um embrião de cinco a seis dias, que é destruído no processo. Opositores acreditam que esse embrião representa uma vida humana, e não pode ser sacrificado para o benefício de outros.

O líder da maioria na Câmara, Tom DeLay, disse que o projeto de lei forçaria os contribuintes a financiar "o desmembramento de seres humanos". Mas não convenceu muitos democratas.

A pesquisa com células-tronco embrionárias não é proibida nos EUA. Desde 2001, entretanto, o financiamento com recursos federais é limitado ao estudo de 78 linhagens celulares preexistentes do dia 9 de agosto daquele ano. A decisão limita seriamente o avanço das pesquisas nessa área, já que a maior parte da produção científica pública nos EUA depende de verbas federais.





Fonte: AE-AP

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