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Meio Ambiente
Sexta - 27 de Maio de 2005 às 10:15

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São Paulo - A sonda Cassini, que se encontra em órbita de Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar, enviou à Terra informações que estão permitindo aos cientistas analisar as formações, inclusive do anel B, que confundiu missões anteriores.

Segundo a Nasa, a agência espacial norte-americana, do ponto de vista da estrutura, o anel B parece ser muito diferente dos vizinhos A e C.

Os anéis de Saturno são estruturas complexas e gigantescas - tão grandes que não caberiam na distância entre a Terra e a Lua. Os sete anéis principais receberam seus nomes à medida que foram descobertos. A partir do planeta, são: D, C, B, A, F, G e E.

No primeiro de uma série de experimentos, a Cassini mapeou por meio de ondas de rádio a estrutura dos anéis de modo inédito.

“Eles aparentemente contêm partículas de tamanhos muito diferentes, as maiores chegando a muitos metros de diâmetro”, disse Essam Marouf, da Universidade do Estado de San Jose, Estados Unidos, um dos pesquisadores responsáveis pela análise dos sinais enviados pela sonda.

Segundo Marouf, as menores partículas, com cerca de 5 centímetros de diâmetro, são raras no anel B e no interior do anel A. Em compensação, são abundantes no anel C e no exterior do anel A.

Materiais diferentes Com os dados enviados pela Cassini, os cientistas verificaram que o anel B é formado por diversos anéis de materiais diferentes. Seu centro, com cerca de 5 mil quilômetros, é quase quatro vezes mais denso do que o do anel A e mais de 20 vezes o do anel C.

A Cassini também detectou mais de 40 formações, chamadas de “ondas de densidade”, no anel A, a maioria em sua região exterior. Os pesquisadores acreditam que a observação dessas ondas permitirá entender melhor a densidade da superfície do anel, bem como sua espessura e outras propriedades físicas.

“O anel A tem uma maravilhosa faixa de ondas, provocada por interações gravitacionais com luas próximas. Há também uma grande onda de densidade no anel B. Algumas dessas formações foram observadas pela Voyager, mas não com tamanha quantidade ou clareza”, disse Marouf em comunicado da Nasa.





Fonte: Agência Fapesp

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