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Nacional
Sexta - 27 de Maio de 2005 às 01:13
Por: Elder Ogliare

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Porto Alegre - O presidente nacional do PT, José Genoino, deu a entender que o senador Eduardo Suplicy e os 11 deputados que assinaram o pedido da CPI dos Correios serão isolados pelo partido a partir de agora.

Embora tenha evitado falar em punições, porque não considera a questão como disciplinar, Genoino deixou claro que a convivência se tornou difícil.

"Eles escolheram o caminho de se distanciar, de fazer oposição ao governo", afirmou nesta quinta-feira, depois de participar do 3º Encontro Estadual da corrente Amplo e Democrático, em Porto Alegre.

"Esse momento é um divisor de águas porque passamos a saber quantos deputados da bancada apóiam o governo e trabalham coletivamente", ressaltou, para qualificar a decisão dos 12 parlamentares de "unilateral e intolerante".

Aliança com inimigos

Para Genoino, os petistas que pediram CPI fizeram uma aliança com o PFL e o PSDB e criaram constrangimento para o partido na relação com as siglas aliadas. Diante disso, o presidente do PT não quis culpar os outros partidos de sustentação do governo pelo fracasso da tentativa de barrar o inquérito parlamentar.

As punições já pedidas por alguns petistas não estão na agenda do diretório nacional, assegurou Genoino. "Não vou transformá-los em vítimas quando, neste caso, as vítimas são a maioria do partido, da bancada e do governo", avisou.

Embora não tenha citado nomes dos 11 deputados, Genoino abordou diretamente o caso do senador Eduardo Suplicy, que assinou o pedido de CPI dizendo que sabia correr o risco de perder a indicação do partido para disputar a reeleição em 2006. "Isso é uma fantasia sem pé nem cabeça", esbravejou Genoino. "Não estamos discutindo candidaturas."

Briga política O PT ainda não definiu a estratégia de ação para a CPI, mas, segundo Genoino, vai tratá-la como um embate político. "Essa CPI nasceu com o DNA tucano-pefelê de fazer um palanque para desgastar o governo", avaliou.

"O que eles menos querem é combater irregularidades", acusou, lembrando que os adversários conseguiram evitar diversas CPIs no governo Fernando Henrique Cardoso, inclusive as que investigariam compra de votos no Congresso para aprovação da reeleição e a privatização de estatais.




Fonte: Agência Estado

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