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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 07:15

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Crianças de até 3 anos que assistem à televisão por mais de oito horas por semana correm um risco significativo de desenvolver obesidade infantil, alertou um estudo publicado na edição on-line do British Medical Journal (BMJ), conduzido por John Reilly, especialista em metabolismo pediátrica do Hospital Yorkhill, em Glasgow (Escócia). Passar longo tempo em frente à televisão é um dos oito fatores de risco, identificados pelos médicos britânicos, entre crianças de 3 anos que se tornaram obesas aos 7.

O estudo, baseado em medidas de altura, peso e índice de massa corporal (IMC), bem como em dados familiares e hábitos alimentares, foi feito com 8.234 crianças de 7 anos, bem como com outras 909 crianças que participaram de um estudo britânico mais amplo que incluiu pais e filhos.

Os pais e os médicos devem prestar atenção se a criança experimenta um aumento excessivo de peso em seu primeiro ano ou se teve um crescimento rápido entre o nascimento e os 2 anos de idade, destacou o estudo.

Outro grande sinal de alerta é se um dos pais ou ambos são obesos. Isto poderia indicar uma vulnerabilidade genética para a obesidade ou um hábito familiar de comer em excesso.

As crianças que costumam passar horas em frente da TV também correm o mesmo risco. Segundo os pesquisadores, crianças de até 3 anos que passam mais de 8 horas em frente à televisão por semana devem despertar o alerta. O hábito de assistir à TV não só estimula o sedentarismo, como encoraja a ingestão de guloseimas.

Estatisticamente, crianças até os 3 anos que dormem mal ou por períodos curtos - menos de 10 horas e meia por noite - também correm o risco de desenvolver obesidade.

Se uma criança dorme bem, isto é um sinal de que ela é fisicamente ativa. Além disso, se cultiva o hábito de ir cedo para cama, evita o risco de ingestão de alimentos no período noturno.

Por outro lado, o estudo destaca que, entre crianças de 3 anos, uma dieta baseada predominantemente em guloseimas apresenta um risco relativamente menor de que venham a desenvolver obesidade no futuro, em comparação com outros riscos.

Os cientistas alertam ainda que é inconclusa a evidência relativa à crença disseminada de que a amamentação ajuda a proteger as crianças da obesidade.




Fonte: AFP

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