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Sexta - 14 de Dezembro de 2012 às 14:37
Por: Jonas da Silva

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O ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e todo poderoso da gestão Blairo Maggi, Luiz Antônio Pagot prestou depoimento e esclarecimentos nesta sexta-feira na Polícia Federal (PF) como vítima de grampo e quebra de sigilo. Seu advogado irá dia 17 em São Paulo para saber de detalhes em profundidade. Pagot atribui a escuta a seu depoimento no Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, que investiga corrupção de autoridades estaduais, do governo federal e empresários.

Pagot foi ouvido devido ter sido citado na Operação Durkheim, deflagrada pela PF dia 26 de novembro. A ação investigou organizações criminosas que vendiam informações sigilosas, fazia escuta clandestina de funcionários de telefonia, bancos e servidores públicos. A operação que prendeu 33 pessoas apurava ainda crimes contra o sistema financeiro, corrupção e formação de quadrilha. Pagot é consultor atualmente em empresa de logística, a Cianport.

“Pressenti esse assédio, mais ou menos na época em que eu estava para depor na CPMI do Cachoeira. Provavelmente eles estavam querendo descobrir uma ação, ou tentar algum dado, ou para fazer alguma atemorização a mim, ou para fazer alguma coisa, uma pressão”, avalia em entrevista ao Olhar Direto.

“Eu acredito que o grampo seja fruto do meu depoimento na CPI Cachoeira, pode até ser outra vertente. Mas, acredito que seja meu depoimento na CPMI do Cachoeira”, reforça.

Desde setembro, Pagot está sem um correio eletrônico (email) que mantinha. “Tentaram não só na telefonia, mas sigilo bancário e fiscal, tentaram pelo sistema Infoseg e os próprios emails. Tanto que meu email, que era do Hotmail, da Microsoft, há aproximadamente 90 dias atrás, a empresa me comunicou que estaria desligando ele. Exatamente porque tinha várias máquinas acessando indevidamente meu email”, descreve.

Na terça-feira, delegado da PF de São Paulo indiciou 65 pessoas. Políticos e desembargadores tiveram sigilo acessado, como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD).

Pagot relata que essas escutas são concatenadas e há toda uma estrutura organizada e custa muito caro. “Essas investigações, essa ilicitude que é feita por esses arapongas, com certeza, têm um mandante. E custa caro isso. Tem que ter equipamento, gente monitoramento, deslocamento”, conta. “Tudo isso custa dinheiro né! Quer dizer, quem está bancando tudo isso deve ter bastante grana. Deve estar preocupado com muitas coisas. Então, com certeza, nós precisamos chegar aos mandantes”.






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