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Economia
Segunda - 25 de Abril de 2005 às 12:30
Por: Stênio Ribeiro

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Brasília – A expectativa dos analistas de mercado quanto ao comportamento da balança comercial é a mais otimista possível. Cresce a cada semana, de modo marcante. Há um mês a estimativa de saldo (superávit) de exportações e importações era de US$ 29 bilhões, e agora passa para US$ 33,85 bilhões, se aproximando do recorde obtido no ano passado, quando ultrapassou US$ 34 bilhões.

Essa confiança eleva também a projeção de superávit comercial para o ano que vem (de US$ 27,78 bilhões para US$ 27,98 bilhões) e joga para cima a expectativa de saldo de conta corrente externa , que envolve todas as transações comerciais, pagamento de juros e serviços. Pelos cálculos expressos no Boletim Focus, distribuído hoje pelo Banco Central, o avanço será de US$ 6,73 bilhões para US$ 7,32 bilhões (US$ 2,50 bilhões em 2006).

De acordo com as instituições financeiras e analistas de mercado consultados pelo BC na última sexta-feira sobre as tendências dos principais indicadores da economia, as perspectivas são favoráveis também quanto ao crescimento da produção industrial, que deve aumentar de 4,70% para 4,81% no ano. Para o ano que vem, também há perspectiva de elevação: de 4,50% para 4,70%.

Esse movimento não é suficiente, porém, para mexer na projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). A soma de todas as riquezas produzidas no país deve crescer 3,67%, conforme o "cenário de mercado", com previsão de melhora em 2006, passando de 3,55% para 3,62%.

O Boletim Focus manteve a previsão anterior, de 51,50%, para a relação entre dívida líquida do setor público e PIB neste ano, com previsão de cair para 50% no ano que vem. Também repetiu a estimativa de R$ 2,80 para a cotação do dólar no final de 2005 (R$ 2,95 em 2006), e elevou de U*S$ 14,45 bilhões para US$ 14,50 bilhões a expectativa de entrada de investimentos estrangeiros no setor produtivo.

A nota destoante na pesquisa do BC ficou por conta do aumento da previsão da taxa básica de juros (Selic) no encerramento do ano. A previsão anterior, de 17,50% ao ano, subiu para 17,75%, em razão de o Comitê de Política Monetária (Copom) ter elevado de 19,25% para 19,50% a taxa atual, em sua reunião da semana passada.





Fonte: Agência Brasil

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