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Saúde
Quarta - 20 de Abril de 2005 às 13:33

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As mulheres grávidas devem se abster de ingerir álcool para evitar o risco de causar danos irreversíveis para o bebê, segundo um relatório publicado hoje pela Direção Norueguesa da Saúde.

O relatório mostra que até mesmo quantidades limitadas de álcool causam um aumento do risco de más-formações no nascimento, assim como problemas de visão, crescimento, lesões cerebrais e até mesmo dificuldades cognitivas ou de comportamento.

"Estes problemas persistirão durante toda a vida da criança", advertiu Jens Guslund, um alto funcionário da Direção da Saúde. "É inquietante (saber) que numerosas mulheres consomem álcool antes de saber que estão grávidas", acrescentou.

Estas conclusões, apoiadas por vários estudos, acabam com a idéia até agora aceita na Noruega de que meia taça de vinho nos primeiros três meses de gestação e uma taça diária nos meses seguintes não representariam qualquer risco para o feto.

Uma taça de vinho causa a interrupção momentânea da respiração do feto, o que aumenta as chances de que ocorra um aborto espontâneo ou ocorram problemas psicomotores na criança, destacou Ann Mari Brubakk, presidente do grupo de especialistas encarregada deste estudo.

Um consumo mais elevado causa o aumento do risco de que ocorram más-formações, inclusive problemas cardíacos, declarou Brubakk, citada pelo jornal Aftenposten.

Duas em cada mil crianças nascem com graves problemas de saúde devido ao fato de a mãe ingerir grandes quantidades de álcool durante a gravidez, segundo estimativas internacionais. Estes problemas de saúde são chamados síndromes EAF (Efeitos do Álcool no Feto).

Além das campanhas de informação, o estudo norueguês recomenda o acompanhamento intensivo das mulheres grávidas propensas a consumir muito álcool, e propõe a internação em centros especializados daquelas que não conseguirem solucionar seus problemas de alcoolismo.





Fonte: AFP

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