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Economia
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 16:55
Por: Flavio Leonel

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São Paulo - O índice de cheques devolvidos por falta de fundos no Brasil interrompeu três meses consecutivos de queda e cresceu 3,2% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, conforme levantamento divulgado nesta sexta-feira pela Serasa. No período, foram compensados 153,4 milhões de cheques, sendo que 2,42 milhões voltaram por falta de fundos, o que correspondeu a um índice de 15,8 cheques devolvidos a cada mil. Em janeiro, foram compensados 168 milhões de cheques e 2,57 milhões devolvidos, com índice de 15,3 a cada mil.

Segundo os técnicos da Serasa, os resultados estão sendo influenciados por fatores que refletem o atual momento da economia brasileira, em especial os recentes movimentos no mercado de trabalho e na renda disponível.

Eles destacam a alta no nível de desemprego do País, em fevereiro, que manteve o comportamento sazonal típico do início de cada ano, mas em patamares melhores que no mesmo período de 2004. Além disso, a empresa de análise de crédito menciona que o pequeno aumento na renda real contribui para manter uma relativa capacidade de pagamento das famílias.

Acumulado nos últimos 12 meses

O levantamento da Serasa aponta também uma ligeira desaceleração da queda no indicador de cheques devolvidos, como proporção dos compensados, no acumulado dos últimos 12 meses. Apesar de o índice ter diminuído, em fevereiro, houve um movimento menor que o verificado nos últimos 12 meses encerrados em janeiro.

Até fevereiro, foram devolvidos 15,81 cheques a cada mil compensados, ante 15,82 cheques a cada mil até janeiro e 15,84 até dezembro. Com isso, houve uma diminuição de 0,15% no indicador entre o último mês de 2004 e o primeiro de 2005 e um decréscimo de 0,7% entre janeiro e fevereiro deste ano.

De acordo com a Serasa, os movimentos de longo prazo do indicador, obtidos no período de 12 meses, sinalizam para uma desaceleração na redução da inadimplência de cheques, que pode ser atribuída à política de juros do Banco Central e seus reflexos sobre as finanças das empresas e das famílias.





Fonte: Agência Estado

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