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Economia
Sexta - 08 de Abril de 2005 às 07:55
Por: Anelize Moreno

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Mesmo com uma economia tradicionalmente comercial e de prestação de serviços, nos últimos anos Cuiabá não tem o que se queixar quando o quesito é crescimento industrial. Segundo dados do cadastro de consumidores da Cemat, nos últimos seis anos o número de clientes industriais cresceu 125,4% na Capital mato-grossense. Nesse mesmo período, a quantidade de consumidores da classe comercial aumentou 36,4%.

Em 1999 havia 5,936 mil consumidores de energia elétrica classificados na indústria. Hoje, são 13,339 mil. Já no setor comercial, naquele mesmo ano existiam 51,357 mil consumidores, contra os atuais 70,039 mil. A média de consumo de energia elétrica por setor, verificada pela Cemat, também aponta para um desempenho positivo do segmento industrial da Capital mato-grossense. No fim da década de 90, a indústria consumia uma média de 580,7 mil MWh. Nos três primeiros meses de 2005 foi registrada uma média de consumo de 1,1 milhão de MWh, cerca de 130,7% a mais que naquele ano.

Paralelamente, o comércio teve um aumento de 44,6% na média de consumo na comparação entre 1999 e março de 2005. Naquele ano, o setor gastava cerca de 615,8 mil MWh e hoje consome 890,6 mil MWh, demanda inferior a da indústria atualmente. Isso demonstra que o setor secundário da economia cuiabana está evoluindo em ritmo mais acelerado que o setor terciário nesses últimos anos.

Para o secretário adjunto de Desenvolvimento da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme), José Epaminondas Conceição, a vocação natural de Cuiabá é para o comércio. No entanto, ele considera que a cidade começa a ganhar um perfil industrial. Segundo ele, a situação de pólo comercial deve ser mantida uma vez que hoje a Capital do Estado abastece os municípios de Mato Grosso e também outros Estados como Rondônia, que tem um certo vínculo comercial com Cuiabá.

Para o futuro, no entanto, ele considera que pode haver uma inversão no perfil da cidade, que deve passar a receber indústrias das mais diversas atividades em escala maior que a atual. Conceição diz que as indústrias ligadas ao agronegócio, que em grande parte se concentram hoje em Cuiabá devem migrar para o interior do Estado, indo ao encontro às áreas produtivas. Assim, a Capital deve concentrar as industrias mais "refinadas", ligadas a área tecnológica.




Fonte: A Gazeta

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