Repórter News - reporternews.com.br
Policia MT
Quarta - 27 de Novembro de 2013 às 20:17
Por: Carolina Holland

    Imprimir


Ilustração
A juíza Tatiane Colombo, da Segunda Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, pronunciou pela terceira vez Rogério Amorim, Paulo Martins e Carlos Alexandre da Silva, acusados de terem matado e escondido o corpo de Maiana Mariano, de 17 anos. A decisão de pronúncia determina que os três devem ir a júri popular. Os advogados dos réus informaram ao G1 que ainda não sabem se vão recorrer.


 
A magistrada entendeu que há indícios de autoria dos réus nos crimes, ocorridos no final de 2011. No entanto, decidiu ser desnecessária a prisão dos acusados, soltos por força de habeas corpus do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), porque não há fatos novos que justifiquem novo pedido de reclusão. As duas primeiras pronúncias dos acusados foram anuladas pelo TJMT.


 
Maiana mantinha um relacionamento com o empresário Rogério Amorim, apontado pelo Ministério Público do estado como o mandante dos crimes. Ele, Martins e Silva respondem por homicídio qualificado (mediante pagamento, com emprego de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima), com pena de 12 a 30 anos de reclusão, e ocultação de cadáver, cuja pena é de 1 a 3 anos de reclusão e multa.


 
Maiana foi assassinada por volta das 15h do dia 21 de dezembro de 2011, em uma chácara no Bairro Altos da Glória, em Cuiabá. De acordo com a denúncia do MP, os autores do homicídio foram Paulo Martins e Alexandre. Os dois teriam agido a mando do empresário.


 
O MP sustenta a tese de que Amorim teria contratado Martins por R$ 5 mil para matar a adolescente, alegando que ela e a família estavam extorquindo dinheiro dele. Martins, então, procurou Silva e propôs que ele o ajudasse no crime, pela quantia de R$ 2,5 mil.


 
No dia do homicídio, Amorim teria mandado Maiana descontar um cheque de R$ 500 e levar o dinheiro para um chacareiro. A adolescente foi ao banco com a motocicleta Biz que tinha ganhado do empresário e foi até a chácara. Lá, ela foi assassinada por asfixia. O corpo teria sido colocado dentro de um carro fiat Uno e, depois, deixado na região da Ponte de Ferro.


 
Os restos mortais da adolescente foram encontrados no dia 25 de maio do ano passado. Maiana e Rogério mantiveram um relacionamento extraconjugal por cerca de um ano e estavam vivendo juntos há cinco meses em regime de união estável quando a menor foi morta.


 
A ex-mulher de Amorim também foi denunciada pelo MP como participante dos crimes, mas a juíza considerou que não há indícios da participação dela.


 
Outro lado


 
O advogado de Martins, Givanildo Gomes, disse que já esperava pela pronúncia, porque o cliente dele é réu confesso, e que vai esperar abrir o prazo para recurso para analisar se vai recorrer da decisão.


 
Roberto Mourão, que defende Silva, afirmou que ainda vai analisar a decisão para saber se vai recorrer.
O G1 não conseguiu entrar em contato com o advogado Waldir Caldas porque ele estava atuando em um julgamento.




Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/3484/visualizar/