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Sábado - 26 de Março de 2005 às 11:27

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As unidades prisionais em Mato Grosso são “verdadeiras unidades do crime”. A classificação não é nova – o que faz com as esperanças sejam mínimas de que um dia essa situação seja definitivamente revertida. Cidadão comum que roubou uma correntinha de ouro do pescoço de uma moça no centro da cidade são convivem com assaltantes de bancos e traficante de drogas. Uns aprendem serem mais criminosos do que já são. Com o “curriculum” criminal vasto, aparecem os líderes e contra-líderes.

Essa mistura é explosiva. Os sistemas penitenciários são incontáveis “barril de pólvora” prontos a serem detonados a qualquer instante. “É praticamente zero a reeducação dos presos” – diz Betsey de Miranda, da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Mato Grosso, que há anos atua no setor. As falhas no sistema são gigantescas. Não raras as vezes a luta por espaço acaba em rebelião ou motim. “Inclusive espaço físico” – diz.

Além da superlotação, presos enfrentam toda a sorte possível no momento em que é encarcerado. No depósito de criminosos, muitos acabam esquecidos pela própria Justiça. Em todos os motins e rebeliões registrados este ano figura na lista de reinvindicações a famosa “revisão de pena”. Agora, vem surgindo do fim do medo as denúncias sobre maus-tratos – que, por enquanto, estão apenas nas denúncias mesmo, sem culpados.




Fonte: 24 Horas News

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