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Quarta - 27 de Novembro de 2013 às 15:25
Por: Jardel P. Arruda

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 O deputado estadual Mauro Savi (PR), primeiro secretário da Assembleia Legisaltiva de Mato Grosso e padrinho político, apontado como responsável pela indicação de Gian Lara Castrillon à presidência do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), optou por se mander isento ao fato do seu "afilhado político" ser alvo de investigação da Polícia Federal por conta de suposto tráfico de influência e envolvimento suspeito com um magistrado.


"Ele é maior e responde pelos seus atos", limitou-se a dizer o parlamentar, em entrevista ao Olhar Direto, sobre o fato de Gian Castrillon ter tido a própria casa como local de busca e apreensão da Polícia Federal durante a operação Ararath II, na segunda-feira (25). Entre outras coisas, na casa de Castrillon a PF apreendeu R$ 230 mil. Dinheiro cuja origem o presidente do Detran se negou a explicar em entrevista ao OD.

Anrtes de ser presidente do Detran, Gian Castrillon ocupava o cargo de assessor jurídico no gabinete de Mauro Savi. Quando teve sua capacidade de presidir a autarquia questionada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), foi defendido pelo parlamentar republicano, que à época adotou um discurso beligerânte contra o líder peemedebista.

À frente do Detran, Castrillon enfrentou várias greves cujas reivindicações sempre passavam pela condição de trabalho. Servidores reclamavam da falta de insumos vásicos para o serviço, como papel, por exemplo. Atualmente o Detran passa por uma auditoria por determinação do governador Silval Barbosa.

Na decisão do desembargador federal Tolentino Amaral, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que deferiu os sete mandados de busca e apreensão realizados na operação Ararath II, ele justifica a autorização paras as buscas na casa e no gabinete do presidente do Detran por um suposto envolvimento do gestor com magistrado investigado, sem especificar o nome, e, até, tráfico de influência dentro do órgão estadual.

“A medida de interceptação telefônica , reiteradamente, demonstrou conduta de relevo penal , de fins de 2011 até os dias de hoje, com (do investigado)... Os elementos trazidos pela interceptação telefônica e demais diligências policiais sustentam questões a demandarem respostas, a exemplo da origem de quantias movimentadas por (investigado), bem como se tais valores foram usados para custear as passagens ao magistrado, bem como veículo por esse usado, mas em nome de (investigado). Assim como demanda por resposta, que influência – em natureza, grau, e reciprocidade – o magistrado tem junto ao órgão (público estadual)”, conta do trecho da decisão.

Sobre Julier

O deputado Mauro Savi também evitou tecer comentários sobre o fato do juiz federal Julier Sebastião também ter sido alvo da operação Ararath II. Savi já defendeu a candidatura do magistrado pelo Partido da República e, há alguns meses, chegou a receber o juiz  mais de uma vez no próprio gabinete para discutir política.

"Você está o julgando culpado. É juiz ou repórter?", questionou Savi, quando questionado se a a operação interferiria em algum interesse político de Julier na eleição de 2014. "Espere terminar que talvez os que você defende também serão chamados", disse, enigmatico, em seguida, sem citar qualquer nome.






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