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Esportes
Sábado - 19 de Março de 2005 às 11:41

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Nunca um Vasco x Flamengo foi tão marcado por problemas extracampo como o de amanhã, pela Taça Rio, no Maracanã. Dramas pessoais de três jogadores que estarão em campo levaram tensão a São Januário e à Urca. Um envolve Romário, um dos maiores ídolos do futebol brasileiro. O atacante tetracampeão mundial, que participou do treino de ontem à tarde, soube que sua filha Ivy, nascida quinta-feira à noite na Clínica Perinatal, em Laranjeiras, tem fortes traços da Síndrome de Down. Do lado rubro-negro, o atacante Dimba foi liberado pela diretoria para ir a Brasília fazer companhia à mulher, que enfrenta gravidez de risco. E o volante Júnior, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, estava abalado por um problema de saúde de seu pai.

Em um momento do treino, Júnior chegou a chorar. O jogador, no entanto, foi confirmado para o clássico, bem como Dimba. Romário também garantiu presença. E foi o próprio jogador que comunicou, pela assessoria de imprensa do clube, o problema com Ivy.

Romário informou que, ao contrário de muitos que escondem esse tipo de problema, preferiu torná-lo público. O atacante não quis dar entrevistas mas explicou que o pediatra Wilson Carvalho e o geneticista Juan Clinton Llerena Júnior o informaram de que Ivy não corre risco de vida, mas nasceu com fortes traços da Síndrome de Down nos olhos, no nariz, nas mãos e na barriga.

A menina Ivy, cuja mãe é a atual mulher de Romário, Isabella, é o sexto filho do jogador. O atacante do Vasco fez vasectomia durante a gravidez de Ivy. Ontem, em São Januário, participou do rachão e do coletivo, mas era visível o abatimento com a situação.

- Conversei com ele. Romário é experiente, sabe tomar a decisão na hora certa. Se veio aqui, se apresentou para treinar, estará em campo. Em nenhum momento falou que não jogaria, e estou certo de que vai saber superar tudo isso - afirmou o técnico Joel Santana.

O técnico Cuca também confirmou Dimba e Júnior no clássico, mesmo com os problemas familiares.

- O treinador tem obrigação de saber o que se passa na vida do jogador para poder ajudar de alguma forma e até fazer dos problemas extracampo algo positivo, que motive o jogador. Ser treinador não é só distribuir camisa - disse Cuca, que também irá pedir auxílio do psicólogo do Flamengo, Paulo Ribeiro.




Fonte: JB Online

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