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Economia
Terça - 15 de Março de 2005 às 18:25

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O Brasil deixou de colher cerca de 28 milhões de toneladas de grãos entre 1996 e 2002, nas culturas de arroz, feijão, milho, soja e trigo, apenas por perdas entre o plantio e a pré-colheita. O pior resultado ocorreu em 2000, quando foram perdidas 6,6 milhões de toneladas (4,1 milhões de toneladas apenas no milho).

Os dados fazem parte dos Indicadores Agropecuários 1996-2003, estudo inédito do IBGE a partir de dados próprios e de outros organismos. O trabalho traz dados estatísticos e detalha a quebra de safras, a origem e o destino dos principais grãos e a disponibilidade interna per capita de carboidratos, lipídios e proteínas obtidos do arroz beneficiado, farinha de trigo e feijão.

Segundo o IBGE, as perdas antes da colheita estão mais relacionadas a fatores incontroláveis, como clima e doenças. Durante a colheita, acontecem falta de manutenção de máquinas ou de operadores capacitados, erros sistemáticos de regulagem de máquinas e limitações da colheita manual. Na pós-colheita, as perdas derivam da insuficiência da rede de armazenagem e, principalmente, da má-conservação de estradas e do transporte inadequado.

Em relatório, o instituto lembra que cerca de 67% das cargas brasileiras seguem pelo meio rodoviário, " o menos vantajoso para longas distâncias " e adequado somente para distâncias inferiores a 300 km. " Acrescente-se a isso o estado das estradas e o costume de os caminhões transportarem mais carga do que as carretas comportam " , diz o informe do IBGE, que cita dados da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) segundo os quais o " prejuízo com o derrame de grãos durante o transporte rodoviário chega a R$ 2,7 bilhões a cada safra " .




Fonte: Valor Online

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