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Cidades/Geral
Domingo - 13 de Março de 2005 às 14:42
Por: Daniel Pettengill

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A cocaína é o novo "combustível" usado por caminhoneiros pelas rodovias de Mato Grosso para suportar as longas viagens e cumprir os apertados prazos de entregas de mercadorias.

Longe da família e sem tempo para descansar, os transportadores de carga já começam a se render a substâncias mais fortes para evitar dissabores com os patrões. Não compram drogas para "viajar", no sentido figurado, como a maioria dos usuários. Mas, por uma questão mais de peso social e econômico, acabam se viciando, o que aumenta cada vez mais o risco de sofrerem acidentes.

O problema é admitido pelo Sindicato dos Transportadores de Cargas do Estado e também já chegou até o conhecimento da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O uso de drogas mais fortes entre motoristas teria "desembarcado" há alguns meses no Centro-Oeste. A cocaína, segundo especialistas, não se infiltrou no "habitat" dos caminhoneiros para substituir os produtos estimulantes já usados pelos mais antigos, como o "arrebite", energético feito com anfetaminas, que continua a ser largamente usado pelos motoristas. Tornou-se mais um na lista, apesar de ser a mais nociva.

O alto índice de acidentes graves em Mato Grosso levou a PRF a estudar as causas do problema. Os números de 2004 revelam que 42% dos acidentes tiveram como causa principal a imprudência dos motoristas, especialmente os que arriscaram ultrapassagens em locais perigosos.

O fato é que algumas das colisões frontais - que mais matam - foram ocasionadas por motoristas que invadiram o sentido contrário da pista, porque dormiram ao volante. "Quando o efeito das drogas passa, o condutor não consegue segurar o sono", afirma o chefe do Núcleo de Acidentes e Medicina da PRF/MT, Alessandro Barbosa.




Fonte: A Gazeta

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