Maggi admite crise no setor de agronegócios

O governador Blairo Maggi confirmou presença na reunião de hoje, em Rio Verde (GO). "Estamos no momento ruim, tanto nos preços dos produtos nas bolsas internacionais e como principalmente no câmbio", argumenta.

Com relação a prorrogação das dívidas rurais, Maggi aponta que a medida é temporal para ajudar a resolver o problema dos produtores. "Se você não tem caixa suficiente para fazer o enfrentamento das dívidas neste momento, e os fatores são alheios ao seio rural, acho justo que o governo (União) se preocupe com isso e possa fazer uma dilatação ou carência maior no pagamento das dívidas de investimento para este ano", observa Maggi.

Para o governador os pleitos deverão convergir para dívidas de financiamento. Ele explica que as dívidas de custeio, ainda podem ser pagas com a safra. "O centro deve ser as discussões sobre financiamentos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) e Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Moderfrota, nos quais os produtores acabaram se endividando", posiciona.

Maggi reforça a avaliação do senador Jonas Pinheiro, de que o mercado internacional vem reagindo positivamente. "Saímos de um Chicago de US$ 4,90 por bushel (padrão de medida norte-americano que equivale a 27, 2142 quilos), para mais de US$ 6. Dos dois grande problemas que o agronegócio enfrenta, um já começa a dar reações positivas, que são as cotações", pondera o governador.

O governador explica que o Real valorizado não é bom. O setor produtivo primário é o que sente esses efeitos primeiro, mas há reação cadente em toda a economia. "Na semana passada, em uma reunião com o ministro Palloci (Fazenda), ele me disse estar bastante preocupado com a situação. Porém, entende que o Brasil não tem instrumentos na mão para fazer uma reversão, porque isso é um problema de ordem mundial, com o dólar desvalorizado perante ao Euro", analisa. Ele completa, "o governo norte-americano é que tem de fazer valorizar a sua moeda, reduzindo seu déficit público". (MP)