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Economia
Terça - 01 de Março de 2005 às 19:37
Por: Marli Moreira

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São Paulo - O faturamento do comércio varejista da região metropolitana de São Paulo cresceu 5,11% em janeiro, comparado a igual período do ano passado. O principal fator foram as vendas de veículos, que possibilitaram uma alta de 41,82% no faturamento das concessionárias. No mesmo período, houve queda de 12,74% no setor dos supermercados. Segundo a análise da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio), o período de férias explica em parte esse recuo nas vendas nos supermercados.

Por outro lado, os analistas da Fecomércio alertam que o movimento desse setor é bastante concentrado em consumidores de menor renda e sofre os reflexos do endividamento de clientes que deixam de comprar produtos não duráveis por terem comprometido o orçamento com compras financiadas de bens duráveis. "O crescente endividamento do consumidor e a renda estagnada formam uma combinação preocupante", acentua a nota técnica da Fecomércio, que também alerta para os reflexos negativos no consumo no curto prazo, causados pela manutenção dos juros elevados e de "uma política fiscal exclusivamente arrecadatória sem nenhuma contrapartida em termos de redução dos gastos de custeio do setor público".

A pesquisa da Fecomércio aponta ainda que as lojas de eletroeletrônicos e cine-foto-som continuam a apresentar resultado negativo, com queda de 2,64% em relação a janeiro do ano passado. Também caiu o faturamento nas lojas de material de construção, em 1,78%. Apesar dessa redução, o setor vem apresentando avanço, mas concentrado em grandes redes, e tem projeções de alta no curto prazo. Houve retração ainda, de 19,91%, no segmento de móveis e decoração, que segundo a Fecomércio registrou seu terceiro melhor mês em janeiro de 2004.

Entre os setores aquecidos estão as lojas de artigos de vestuário, com alta de 12,7%; as de eletrodomésticos, com expansão de 18%; lojas de departamento, que registrou aumento de 9,95%; de autopeças, com 37,02%; e farmácias e perfumarias, com crescimento de 1,43%.





Fonte: Agência Brasil

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