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Internacional
Sábado - 26 de Fevereiro de 2005 às 17:04

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Ramallah, Cisjordânia - O presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmud Abbas, acusou hoje uma "terceira" parte de estar por trás do atentado suicida de sexta-feira à noite no bar e danceteria The Stage, em Tel-Aviv, que causou a morte de 5 pessoas e ferimentos em cerca de 50.

Hoje a AP prendeu dois homens em Tulkarem que estariam envolvidos no ataque e as forças israelenses detiveram outros seis. As forças de Israel lançaram uma grande ofensiva na região de Tulkarem, de onde era originário o homem-bomba, identificado como Abdullah Abdram.

Abbas não explicitou a que pessoa ou grupo se referia, mas no dia do ataque altos funcionários palestinos disseram, sob anonimato, que a organização radical libanesa Hezbollah, apoiada pelo Irã e a Síria, havia arregimentado um militante palestino no norte da Cisjordânia para desfechar o atentado.

A Autoridade Palestina já havia dito anteriormente que o Hezbollah vinha se infiltrando nos territórios ocupados, mesma acusação feita por autoridades israelenses. Em 11 de fevereiro, o chanceler de Israel, Sylvan Shalom, declarou que a maior ameaça para o governo de Abbas provinha do Hezbollah, que estaria interessado em minar a retomada do processo de paz. Mas hoje Israel não acusou o Hezbollah pela ação. Os líderes dessa organização negaram veementemente envolvimento no atentado.

Ainda não está claro a que organização pertencia o homem-bomba, morador de Dir al-Atsun, perto de Tulkarem. Pouco depois de ele explodir-se diante de uma fila de jovens que se preparavam para entrar no Stage, pessoas que disseram pertencer à Jihad Islâmica e às Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa - esta, uma facção da Fatah, a base do governo da AP - reivindicaram a autoria do atentado em telefonemas dados a agências de notícias.

Mas os dirigentes desses grupos negaram envolvimento e reiteraram estar comprometidos com a trégua acertada com Abbas no início do mês. Há a suspeita de que o atentado tenha sido realizado por dissidentes de uma dessas organizações. O atentado suicida foi o primeiro em Israel desde novembro e também desde que Abbas e o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, se comprometerem no dia 8, na cúpula de Sharm el-Sheik, no Egito, a tomar medidas para pôr fim à violência nos territórios ocupados. Nas últimas semanas, o Exército se retirou de várias cidades palestinas, incluindo Tulkarem, onde realizou a ofensiva hoje.





Fonte: AE - AP

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